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terça-feira, 9 de março de 2010

Lothar Charoux

Pierre Henry juntamente com Pierre Schaeffer um dos criadores da música concreta, portanto, para acompanhar este comentário fui buscar uma obra desta corrente.



Psyche Rock - Pierre Henry


Esta foi uma exposição que esperei com ansiedade, pois a Arte Concreta é uma das correntes das artes plásticas que mais me agradam, não sei se por minha cabeça cartesiana, ou pela exatidão dos traços, que podem ser transformados seguramente em equações matemáticas que os reproduzirão.

Como já havia escrito no "post" Amilcar de Castro - 34 Gravuras penso que arte concreta deve ser executada com régua, compasso, esquadros e transferidores, para dar à obra precisão total no resultado.

As peças apresentadas tem uma atemporidade que transcende uma época, estão sempre atuais, proporcionando-nos agradáveis experiências sensoriais.

Os trabalhos de Charoux criam efeitos visuais de curvas perfeitas onde só existem retas, e outras figuras geométricas dentro de retas paralelas, mudando-se somente a largura das linhas.

Os azulejos mostrados são tão bonitos, que apesar de serem em preto e branco, tem infinitas aplicações possíveis.

Abaixo da imagens, "press-release" da Caixa Cultural.


Nanquim e Guache sobre papel


Sem título - s/d serigrafia sobre papel


Azulejos




OBRAS E DOCUMENTOS INÉDITOS DE LOTHAR CHAROUX EM EXPOSIÇÃO NA CAIXA CULTURAL SP

Mostra apresenta o lado pessoal e peças do acervo familiar de expoente da arte concreta do Brasil



De 11 de fevereiro a 21 de março de 2010 a Caixa Cultural São Paulo apresenta a exposição “Lothar Charoux: entre vida e obra”.
A mostra sobre o artista concretista de origem austríaca trará 40 obras e documentos pertencentes ao acervo da família Charoux nunca antes exibidos ao público.
Entre as peças encontram-se exemplares de guache, serigrafia e nanquin sobre papel, bem como telas em óleo e tintas acrílicas, e uma matriz para impressão.
A exposição terá, ainda, vitrines expositivas com alguns objetos, como os Triângulos Componíveis, o Novelo e os Azulejos, além de documentos e fotografias.
A curadoria é de Maria Alice Milliet, autora do livro “Lothar Charoux, a poética da linha”.

Sobre a mostra:

Um dos fundadores do Grupo Ruptura (1952), que pretendia discutir os novos rumos da arte, da arquitetura e do design, Lothar Charoux, desde que aderiu ao concretismo, concentrou seu interesse na linha entendida como ponto que se desloca no espaço, como define a geometria.
Fazer arte concreta, racional e livre de qualquer ímpeto subjetivo e, simultaneamente, ser movido por afetos, pelo gosto pela improvisação, sem compromisso com metas rígidas, parece, à primeira vista, impossível. O artista, atraído pela ambigüidade das soluções compositivas no plano, pela instabilidade do equilíbrio e pelos fenômenos ópticos, tinha, porém, a inexatidão como uma constante em sua personalidade.
O intuito da exposição é sintetizar a aparente ambivalência existente entre a essência e a expressão de um dos grandes artífices da arte concreta no Brasil.

Sobre o artista:

Lothar Charoux nasceu em Viena, Áustria, em 5 de fevereiro de 1912. Muito jovem iniciou estudos artísticos com o tio, o escultor Siegfried Charoux. Veio para o Brasil em 1928, fixando-se em São Paulo.
Na década de 1930, matriculou-se no Liceu de Artes e Ofícios. Nesta instituição conheceu Waldemar da Costa, com quem estudou pintura a partir de 1940. Posteriormente, lecionou desenho no Liceu de Artes e Ofícios e também no Senai.
Desde 1942 e até o encerramento do evento, participou de várias edições do Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos. Sua obra esteve presente diversas vezes no Salão de Belas Artes (Seção Moderna), no Rio de Janeiro. Em 1947, realizou sua primeira exposição individual na Galeria Itapetininga, em São Paulo. Foi um dos fundadores do Grupo Ruptura, em 1952, ao lado de Waldemar Cordeiro, Geraldo de Barros, Anatol Wladyslaw e outros. Participou de todos os eventos em que se apresentaram os concretistas: em 1952, no MAM-SP, em 1956 e 1957, no MAM-SP e no MAM-RJ.
Em 1963, com Hermalindo Fiaminghi e Luiz Sacilotto, criou a Associação de Artes Visuais NT - Novas Tendências. Entre 1951 e 1967, participou das nove primeiras edições da Bienal de São Paulo. Suas obras figuraram em todas as mostras do Salão Paulista de Arte Moderna até 1968 e Charoux fez parte dos júris de seleção e premiação das 12ª, 15ª e 16ª edições.
Foi eleito pela APCA - Associação Paulista de Críticos de Arte, como “Melhor desenhista de São Paulo” em 1972. Nesse mesmo ano, Charoux projetou o troféu Noel Rosa para premiar os melhores na música popular. Ele integrou a sala especial Arte Construída, na 12ª Bienal Internacional de São Paulo, realizada em 1973. Em 1974, foi homenageado com uma retrospectiva realizada no MAM-SP e no MAM-RJ. Expôs ainda nas mostras Projeto Construtivo na Arte (Pinacoteca do Estado de São Paulo e MAM-RJ,1977); e Tradição e Ruptura (Fundação Bienal de São Paulo, 1984).
Sua obra esteve presente nas mais importantes exposições panorâmicas dos últimos anos, tais como a Bienal Brasil Século XX (Fundação Bienal de São Paulo, 1994); Tendências Construtivas no Acervo do MAC (MAC-USP,1994); Arte Construtiva no Brasil – Coleção Adolpho Leirner (MAM-SP, 1998 e MAM-RJ, 1999) e Mostra do Redescobrimento (Associação Brasil 500 Anos, 2000).
Em 2005, uma seleção de seus trabalhos apresentada no MAM-SP recebeu da APCA - Associação Paulista dos Críticos de Arte o prêmio de melhor retrospectiva do ano. Nessa mesma data, foi publicado o livro “Lothar Charoux a poética da linha” de autoria Maria Alice Milliet.
O artista, que foi casado com Ondina Bueno Charoux, teve 3 filhos e 4 netos, faleceu em fevereiro de 1987.

Sobre a curadora:

Maria Alice Milliet é historiadora da arte, crítica e curadora. Mestre em História da Arte pela ECA/USP e Doutora pela FAU/USP. Diretora Técnica da Pinacoteca do Estado de São Paulo de 1989 a 1992 e do Museu de Arte Moderna de São Paulo de 1993 a 94, dirige atualmente a Fundação José e Paulina Nemirovsky, em São Paulo. Como curadora independente tem realizado exposições em inúmeras instituições, dentre elas, o MASP, o MAC-USP, o MAM-SP e o MAM-RJ, e em inúmeras galerias.

É autora dos livros Lygia Clark: obra-trajeto, 1992; Tiradentes, o corpo do herói, 2001; Lothar Charoux, a poética da linha, 2005, e de ensaios críticos em catálogos e periódicos.

Serviço:

Exposição: Lothar Charoux: entre vida e obra
Curadoria: Maria Alice Milliet
Produção: BR3 Produções Culturais e da Faina Moz
Local: Caixa Cultural São Paulo (Galeria Vitrine da Paulista) - Conjunto Nacional – Av. Paulista, 2083 térreo – Cerqueira César - São Paulo (SP) - Metrô Consolação
Abertura para convidados e imprensa: 11 de fevereiro de 2010, das 19h às 23h.
Visitação: 12 de fevereiro a 21 de março de 2010
Horário de visitação: terça-feira a sábado, das 9h às 21h e domingos e feriados das 10h às 21h.
Agendamento e informações: (011) 3321-4400
Recomendação etária: livre
Entrada: franca
Patrocínio: Caixa Econômica Federal



2 comentários:

  1. Maca,
    Acho a arte moderna basicamente um execrcício de design - por falta de conhecimento meu ("taste formation" como define Throsby), ou por gosto mesmo.
    Gostei bastante da trilha, que não conhecia.
    Existem livros que tratam matemática, geometria e música barroca como formas da mesma linguagem. Ainda não tive tempo nem coragem, mas o mais famoso é:
    http://www.amazon.com/Godel-Escher-Bach-Eternal-Golden/dp/0465026567/ref=sr_1_1?ie=UTF8&s=books&qid=1268173686&sr=8-1
    Abração,
    Aldo Jr.

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  2. Um tempo de linhas e números abstratos que cortam o tempo e a tecitura real da vida.

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