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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Guignard e o Oriente: China, Japão e Minas

Uma belíssima mostra de obras de Alberto da Veiga Guignard, sendo levada no Instituto Tomie Otake.

É uma excelente oportunidade de se conhecer ou rever trabalhos deste mestre, que utiliza em suas obras a magia das cores de uma maneira muito delicada com efeitos encantadores.

Ele é um exemplo de artista que se aproxima da arte Naïf com base e propriedade, pois estudou em grandes escolas e possuía toda a bagagem técnica e teórica, necessárias à grande criação.

Chamou-me a atenção a incrível quantidade de igrejas retratadas em cada quadro de paisagens, onde quase não aparecem outros tipos de prédios, pesquisei e não encontrei referências a este detalhe.



Portal da Cor - Milton Nascimento

Agora, quanto a influência e a semelhança às pinturas ou desenhos orientais, apesar de bem explicado e ilustrado, não me convenceu, se existir imagino que seja muito mais uma coincidência do que uma atitude proposital.

Esta música, já há muitos anos, me faz imaginar as paisagens de Minas, portanto nada melhor que ela para acompanhar este comentário.

Abaixo das imagens, carregadas em alta definição, fornecidas pela assessoria de imprensa do evento, o release onde é explicada toda a concepção da mostra.











INSTITUTO TOMIE OHTAKE E CASA FIAT DE CULTURA

APRESENTAM

Guignard e o Oriente: China, Japão e Minas

Abertura: 23 de junho, às 20h - 29 de agosto de 2010

A exposição Guignard e o Oriente: China, Japão e Minas, resultado de uma parceria entre o Instituto Tomie Ohtake e a Casa Fiat de Cultura, com patrocínio da Fiat Automóveis, conta com a co-curadoria de Paulo Herkenhoff e Priscila Freire, crítica que inicialmente tomou a iniciativa de realizá-la com o foco na China.

A exposição incorpora um conjunto de 45 pinturas de Guignard e paisagens de seu contemporâneo, o mestre chinês Zhang Daqian, que viveu em São Paulo na década de 1950, além de objetos e móveis. Fazem parte da mostra, ainda, gravuras japonesas do Ukyio-e, objetos setecentistas e documentação fotográfica de chinesices em Minas Gerais.

Desde o início da década de 1980 que historiadores do Rio de Janeiro vinham apontando referências de Guignard à tradição da pintura chinesa, das paisagens verticalizadas que correm sobre a superfície da tela e dispensam a perspectiva linear com ponto de fuga. As pesquisas de Paulo Herkenhoff no preparo da exposição do Instituto Tomie Ohtake levaram-no à conclusão de que a relação de Guignard com a arte chinesa é bem mais complexa, passando também por outras questões como a representação da nuvem, formas de mobiliário, traços ideogramáticos ou modos de disposição de objetos no céu, e outros. Herkenhoff também diagnosticou a influência do efeito de treliça da gravura japonesa do Ukiyo-e nas paisagens do Jardim Botânico do Rio de Janeiro ou do Parque Municipal de Belo Horizonte.

O curador estabeleceu um terceiro foco da relação de Guignard com o Oriente: as chinesices que proliferaram nas igrejas coloniais em Minas Gerais. Outro ponto de sua argumentação, relaciona a obra de Guignard à fundação do Serviço de Proteção ao Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Segundo Herkenhoff, uma paisagem de Guignard pode ser um complexo campo arqueológico da história. “A matéria pictórica não se sobrepõe como camadas de sedimentos, mas realiza seu oposto: o signo pictórico expõe índices – melhor seria chamá-los de vestígios. A transparência do óleo aposto e o traço indicial do pincel constituem vestígios daquilo que alguns denominariam memória e outros, história. O pincel do arqueólogo é um dos instrumentos de retirada de toda matéria sedimentar que paulatinamente se depositou e encobriu os objetos encontrados de um sítio arqueológico. O pincel de Guignard os torna visível. Sua operação arqueológica é constituir a presença da história”.

Para Herkenhoof, ainda, os vestígios históricos da paisagem de Guignard são a memória subjetiva, a história colonial contagiada pela modernidade (o trem de ferro e a fábrica) e a história da arte cruzada em construção transcultural para abrigar o Oriente. É necessário, portanto, segundo ele, pensar numa segunda dimensão de arqueologia na pintura do artista. “Já não lhe basta inscrever a história, mas cumpre estabelecer múltiplas ocorrências: a tradição européia renascentista e romântica, a arte chinesa e japonesa e a herança colonial brasileira”, conclui o curador.

Outra abordagem de Herkenhoff é a relação fenomenológica da formação das montanhas e das nuvens, os processos de flutuação e da gravidade visível, que teria um pé na arte européia e brasileira (Visconti e outros), além da oriental.

“A exposição de Guignard consolida a política inovadora da Casa Fiat de Cultura de apresentar novas leituras da história da arte brasileira e universal, trazendo, desta vez, uma importante visão da obra de Guignard em diálogo com a arte oriental”, destaca o presidente da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo de Lima Pereira.

Exposição: Guignard e o Oriente: China, Japão e Minas

Abertura: 23 de junho, às 20h

Até 29 de agosto de 2010, terça a domingo, das 11h às 20h

Instituto Tomie Ohtake

Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) - Pinheiros SP Fone: 11.2245-1900

Informações à Imprensa

Marcy Junqueira – Pool de Comunicação

Contato: Martim Pelisson

marcy@pooldecomunicacao.com.br / martim@pooldecomunicacao.com.br

Fone: 11.3032-1599 Fax: 11. 3814 -7000


3 comentários:

  1. Realmente Macário é bem intensificado a idéia das igrejas, mas, acredito que deve ter alguma coisa a ver com o tempo, local e influências que ele viveu.

    Muito interessante!
    bjs

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  2. Margarida Voci Rossi16 de julho de 2010 às 15:49

    Macario
    Maravilhosa as obras,vou me empenhar para ir com o Nivaldo.Abraços
    Marga KCB

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  3. muito bom grande maca.....obrigado

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