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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O Progresso

Hoje quando vi um post de um grande cartunista, ou seria ilustrador, Ceó Pontual chamado "Tá ligado, bicho?", onde ele cita uma frase de Molière, que diz : " Os bichos não são tão burros como se pensa.", me lembrei desta música de Roberto Carlos, gravada em seu disco de 1976.

Foram eles visionários há 35 anos, previram nossas aflições presentes?

Hoje a minha maior preocupação é o imediatismo que nossos dirigentes tem em buscar novas fontes de energia, seja com o petróleo do pré-sal ou a construção de novas hidrelétricas.

Não estão levando em conta todos os problemas que virão com a exploração destas fontes, como a emissão de CO2 e outros gases que causam o efeito estufa com a queima deste petróleo e todo o desastre ecológico e ambiental que é a inundação de florestas e terras agricultáveis para a construção dos reservatórios das usinas.

Não há a menor preocupação em se pesquisar formas realmente limpas de geração de energia, nosso país foi exemplo para o mundo todo quando criou o Pró-Álcool, reduzindo em muito nossa dependência ao petróleo importado.

Hoje já considero ultrapassada esta fonte de energia, pois para sua produção criaram-se áreas imensas de monocultura, estéreis à fauna e exaurindo o solo.

É um tédio viajar pelo interior de São Paulo, sinto saudades dos cafezais, dos pomares de manga e laranja, dos pastos..., hoje é um imenso mar de cana.

Realcei em vermelho, abaixo do vídeo, os versos que mais me incitam desta obra prima que merece um novo arranjo, pois é um hino à razão e à reflexão.




O Progresso

Eu queria poder afagar uma fera terrível
Eu queria poder transformar tanta coisa impossível
Eu queria dizer tanta coisa
Que pudesse fazer eu ficar bem comigo
Eu queria poder abraçar meu maior inimigo
Eu queria não ver tantas nuvens escuras nos ares
Navegar sem achar tantas manchas de óleo nos mares
E as baleias desaparecendo
Por falta de escrúpulos comercias
Eu queria ser civilizado como os animais

Eu queria ser civilizado como os animais

Eu queria não ver todo o verde da terra morrendo
E das águas dos rios os peixes desaparecendo
Eu queria gritar que esse tal de ouro negro
Não passa de um negro veneno
E sabemos que por tudo isso vivemos bem menos

Eu não posso aceitar certas coisas que eu não entendo
O comércio das armas de guerra da morte vivendo
Eu queria falar de alegria
Ao invés de tristeza mas não sou capaz
Eu queria ser civilizado como os animais
Eu queria ser civilizado como os animais
Eu queria ser civilizado como os animais

Não sou contra o progresso
Mas apelo pro bom senso
Um erro não conserta o outro
Isso é o que eu penso

Eu não sou contra o progresso
Mas apelo pro bom senso
Um erro não conserta o outro
Isso é o que eu penso

4 comentários:

  1. Me perdoem a falta do grifo, há certas coisas em computador que não entendo, apesar de ter feito o realce, este não aparece na publicação.
    Mas se vocês lerem a letra até o fim, saberão nas quais estrofes me fixei.

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  2. Maca, querido!

    Não consigo postar um comentário.
    A ganância dos homens sem escrúpulos não deixa o progresso ser" civilizado como os animais". Porém discordo com você em relação a paisagem do interior paulista. Olhar a plantação de cana, bem cuidada, faz com que minha alma se delicie com tanto verde.

    Bjs,
    Elaine

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  3. Oi Macário,

    adoro as ilustrações do Céo, são magníficas e casam perfeitamente com as frases.

    E o Progresso está aí, acontecendo...

    bjs

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  4. Olá, Macário!
    Seu texto me lembrou de imediato o Velho e o Mar, de Hemingway. O tempo todo ele nos faz sentir que os animais são inteligentes e que podemos abrir mão da companhia dos homens com grande felicidade e reencontro com a natureza da qual viemos e somos. Muitos, atualmente, dizem que não há mais essa natureza. No entanto, fico com a grandeza de Hemingway, pois não acredito num homem puramente racional,ou puramente cultural. Também acho um tédio esses plantios organizados. Sou do interior e amo o agreste, a vegetão rica e diversa de nossas regiões. Moro na margem da Br 101, mas as imagens dum solo de cores múltiplas me acompanham, sempre. É dele que existo. Beijos

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