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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Residencial Parque Buenos Aires

Como é que é morar num dos endereços mais charmosos e cobiçados de São Paulo?

Vejam o mais novo projeto de bem morar; com o patrocínio da Prefeitura Municipal, recebemos nossos mais novos vizinhos, que num grande êxodo mudaram-se do bairro da Luz, após a operação urbana para extinguir a "cracolândia".

Me perdoem a metáfora chula, mas isto foi igual a pisar em merda mole, espalhou a sujeira e não resolveu o problema original.

Como já tinha escrito em Guerra dos Porcos, esta administração inábil em muitas áreas deixa muito a desejar, gerando desconfiança e rancor.

Higienópolis hoje é uma mistura de maus odores, creolina que os zeladores dos edifícios jogam nas calçadas para afastar os sem-teto, e das necessidades destes, deixadas livremente no meio fio.

As fotos foram tiradas num fim de tarde desta semana, com nossos excelsos hóspedes já se preparado para o pernoite.










Despejo na Favela

Adoniran Barbosa


Quando o oficial de justiça chegou
La na favela

E contra seu desejo entregou pra seu narciso um aviso pra uma ordem de despejo

Assinada seu doutor , assim dizia a petição dentro de dez dias quero a favela vazia e os
barracos todos no chão
É uma ordem superior,
Ôôôôôôôô Ô meu senhor, é uma ordem superior { 2x
Não tem nada não seu doutor, não tem nada não

Amanhã mesmo vou deixar meu barracão

Não tem nada não seu doutor vou sair daqui pra não ouvir o ronco do trator
Pra mim não tem problema em qualquer canto me arrumo de qualquer jeito me ajeito
Depois o que eu tenho é tão pouco minha mudança é tão pequena que cabe no bolso de trás

Mas essa gente ai hein como é que faz???? {2x

6 comentários:

  1. O que está faltando pra o despertar de uma consciência nova que faça o que é certo a essa mundo? Teremos que ver o Armagedon se alastrando ferozmente por entre os homens?
    Tanto dinheiro arrecadados e nada funciona. O que é isso, homens de D´us! Alguém tem que vir de um despertar e derrubar as utopias para sempre...

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  2. Macário, chamo isso de ironia. Enquanto a elite brasileira vira as costas para os menos afortunados, a força do submundo trama contra ela, a elite, desumana, indiferente e burra. Começamos, todos, a pagar a conta: meio ambiente corrompido e desabando sob nossos pés, pessoas transformadas em zumbis invadindo as ruas, gestores públicos completamente indiferentes à situação, e o pior, eleitos por nós. Estes "vizinhos" são a resposta do nosso fracasso, da nossa derrota como indivíduos civilizados e há séculos migrados das cavernas. Beijo

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  3. Rindo aqui com o meu textículo cheio de erros. Foi a raiva!

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  4. Até quando vamos viver num mundo tão desigual?

    Muito bom o texto!

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  5. A desigualdade observada pelo Macário causa espanto. Não e novo. Nunca vai acabar.
    Desde os tempos medievais tivemos servos e vassalos, qualquer livre básico de economia ou mesmo de historia econômica lista milhares de exemplos desde a existência da raça humana.
    Desde os homens da caverna, existe o homem alfa, aquele que comanda e o que o segue, o obedece e e escravizado.
    A cena cotidiana observada pelo Macário nada mais e do que a forma mais cruel de escravização, não aquela em que uma pessoa e forcada ao trabalho para receber um prato de comida ao fim do dia e assim garantir seu sustento (como a dos negros traficados contra sua vontade da África).
    Mas a escravização mental aonde o poder publico, pela sua incapacidade e ineficiência (não vou entrar no tema corrupção nesse comentário) e mais aparente em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento como o Brasil.
    A função do poder publico e cuidar do seu cidadão, ou seja, coleta impostos dos mais afortunados para prover, aos “desafortunados” condições básicas de subsistência.
    Entretanto, não e função do poder publico dar o peixe a essa gama de cidadoes de segunda, ou mesmo, terceira classes, mas dar a vara, o anzol e ensinar a pescar (a pessoa tem que se virar pela isca).
    Mais uma vez volto a um tema recorrente, o estado tem que fornecer o básico necessário, condições decentes de moradia, saneamento básico, transporte, segurança e o mais importante, educação, em condições dignas. O resto e por conta de cada um.
    Não podemos penalizar a grande maioria da população que e honesta, se esforça por um destino melhor por conta de uma minoria que tomou as decisões erradas, não e culpa do estado se o indigente prefere ser alcoólatra ou viver “chapado” pelo crack e habitar nossas ruas, mas e função do estado evitar o agravamento dessa situação.
    O estado precisa reabilitar essas pessoas, trabalho incompatível com as ineficiência e incapacidade corrente. Ceteris Paribus, vamos continuar vendo a horda que habita nossas ruas aumentando a cada dia.
    Não podemos esquecer a natureza humana, e muito mais fácil viver de programas governamentais do que buscar um trabalho.
    A um tempo atrás estava em Salvador em uma viagem de negócios, hospedado em um apart hotel e com pressa não conseguia pagar minha conta. Somente um pobre coitado estava na recepção a atender todos os hospedes.
    Quando chegou minha vez, perguntei qual a razão de tamanha comoção. O atendente se apresentou como gerente do local e explicou que não conseguia contratar recepcionistas, faxineiros entre outras posições de atendimento. Explicou que o ultimo recepcionista refez suas contas e descobriu que ganharia mais se ficasse em casa!
    Verdade, não estou brincando. Professoralmente ensinou-me que um recepcionista ganhava R$ 920,00, mas se ficasse em casa, teria R$ 450,00 de salario desemprego, R$ 320,00 de salario família por cada filho, ele tinha três, R4 280,00 de auxilio moradia.
    Isso me fez pensar e modestamente concluir quanto esta errada a politica social implantada no Brasil, renda se distribui com educação que gera oportunidades de emprego e condições dignas de subsistência e não com programas sociais sem cabimento gerando a procrastinação.
    A grande maioria dos novos inquilinos da Praça Buenos Aires está nesta condição por opção própria. Não se esforçaram o suficiente para trabalhar, possuir uma moradia, mesmo em uma favela. E cômodo drogar-se, viver ao relento, fazer suas necessidades em publico do que acordar as 5 da manha, pegar um ônibus lotado, com 3 baldeações, respirar um poluição “da porra” , almoçar uma coxinha, quando muito um cachorro quente, chegar em casa e ainda aguentar, no caso das mulheres outra jornada e dos homens as reclamações.
    Ainda acredito nas obrigações do estado. Precisamos começar a cobrar nossos cidadoes.

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