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terça-feira, 3 de maio de 2011

Arquitetura Brasileira

Um banho de imersão em um assunto que muito me agrada, mas que está sendo banalizado hoje em dia em São Paulo.

Esta mostra nos traz a riqueza de uma arte, ou seria uma ciência?, em que o Brasil já foi um expoente e hoje se amesquinhou.

Só mesmo uma entidade como o Instituto Tomie Ohtake poderia nos brindar, com propriedade, este assunto, mostrando o que de melhor se produziu e ainda se produz em nosso país.

Chega de fachadas sem imaginação num estilo "Adolpho Lindenberg". Agora virou moda os prédios residenciais terem as laterais das coberturas imitando os telhados dos prédios do centro de Paris.

Que tédio, que aborrecimento é passar pelos Jardins ou pela marginal do rio Pinheiros e observar a paisagem, é um sem número de mesmices. O monumento ao mal gosto e a falta de imaginação é o conjunto do Shopping Cidade Jardim, com prédios iguais entre si, dois a dois, equilibrados em cima de um caixote que lembra uma repartição pública soviética.

Observem nos prédios laterais os indefectíveis telhadinhos


Adoraria morar em uma obra de arte, desde que funcional. Qual seria a sensação? Há em São Paulo alguns edifícios residenciais que possuem fila de espera de longos anos para a aquisição de unidades.

Será que nossos novos arquitetos serão meramente decoradores, criando apenas espaços para receberem móveis, quadros ou outros adereços? Espero sinceramente que não.

E nós, que temos profissionais que são referência na arquitetura mundial como Rui Ohtake, Ricardo Julião, Julio Neves, Vilanova Artigas, João Filgueira de Lima, João Artaxo Jurado, Paulo Mendes da Rocha, Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, entre tantos outros, temos agora que importar projetos arquitetônicos.



Pedro Pedreiro - Chico Buarque

Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do evento. A imagem acima, do Shopping Cidade Jardim foi colhida na internet.







INSTITUTO TOMIE OHTAKE

APRESENTA

Arquitetura Brasileira

O Coração da Cidade – a invenção do espaço de convivência

Abertura: 19 de abril, às 20h – até 03 de julho de 2011

Com curadoria do arquiteto e professor da FAU-USP Julio Katinsky, O Coração da Cidade – a invenção do espaço de convivência é a segunda exposição do programa Arquitetura Brasileira, iniciativa do Instituto Tomie Ohtake que, desde a sua fundação, contempla a arquitetura, ao lado das artes plásticas e do design – único espaço no Brasil especialmente concebido e projetado para realizar mostras nessas três vertentes.

Apropriando-se, por um lado, da tese defendida por Gilberto Freyre em “Casa Grande & Senzala” sobre a formação do Brasil e sua cultura contemporânea e, por outro, das contribuições modernas estrangeiras na arquitetura brasileira, principalmente da escola corbusiana, Katinsky reflete sobre o espaço de convivência como vigorosa proposta da arquitetura moderna brasileira para a democratização social.

A mostra reúne cerca de 115 projetos, 45 basilares e 70 referenciais, por meio de fotos, além de maquetes, desenhos originais, projeções, reproduções e plantas. Para delinear os espaços, tanto público quanto privado, que promovem o encontro entre as pessoas, o curador destaca na exposição seis grandes eixos: Praça Verde, Prédio sobre a Praça, Grandes Vazios, Minicidade, Praça Cívica e Grandes Coberturas.

Para ilustrar a Praça Verde, Katinsky foi buscar no MAM – RJ (1953), de Affonso Eduardo Reidy, na Marquise do Ibirapuera (SP,1954), de Oscar Niemeyer, até na recente praça Victor Civita (SP, 2008), de Adriana Levisky e Anna Julia Dietzsch projetos que reforçassem a convivência, dentro de uma área já vocacionada para tal.

Ponto seminal do tema traçado pela curadoria, o edifício do Ministério da Educação e Saúde (RJ,1943), atual Palácio Gustavo Capanema, sinaliza, ao lado do MAC-Niterói (1996) e Edifício Copan (SP, 1950), ambos de Oscar Niemeyer, Edifício Louveira (SP, 1946), de Vilanova Artigas, Conjunto Nacional (SP, 1946), de David Libenskind, o MASP (SP, 1958), de Lina Bo Bardi, entre outros, as construções que souberam ser generosas com a cidade – Prédio sobre a Praça. Segundo Katinsky, “o Ministério da Educação e Saúde é o único edifício público que devolveu a quadra para a cidade”.

O Hospital Sarah Kubitschek (Fortaleza, 2001), de João Filgueiras Lima, a FAU-USP (SP, 1961), de Vilanova Artigas, o Instituto Tomie Ohtake (SP, 2001) e Centro Adamastor (Guarulhos, SP, 2001), ambos de Ruy Ohtake, a Pinacoteca (SP, 1993), de Paulo Mendes da Rocha, a Unilivre (Curitiba 1993), de Domingos Bongestabs são alguns dos muitos exemplos de Grandes Vazios reunidos na mostra.

Entre os projetos que acentuam o uso coletivo, funcionando como Minicidades, destacam-se as Superquadras (DF, 1974), de Marcílio Mendes Ferreira, Parque Guinle (RJ, 1954), de Lucio Costa, Hospital Sarah Kubitschek (DF, 2008), de João Filgueiras Lima, Conjunto da Serra do Navio (AP,1950), de Oswaldo Bratke, SESC Pompéia (SP, 1990), de Lina Bo Bardi.

Já a Praça Cívica, pensada para ser palco de manifestações populares, tem poucos, mas emblemáticos exemplos, principalmente expressos nas obras de Oscar Niemeyer, como a Praça dos Três Poderes (DF, 1960) o Memorial de América Latina (SP, 1987), a Universidade de Constantine (Argélia, 1969) e Le Havre (França, 1982), além do Mube (SP, 1986), de Paulo Mendes da Rocha, e o Pólo de Heliópolis (SP, 2011), de Ruy Ohtake.

Por sua vez, o Centro Cultural São Paulo (SP, 1982), de Eurico Prado Lopes, a Estação de Trem Lago Treze (SP, 1985), de João Walter Toscano, Aldeia SOS Amazônia (Manaus, 1994) de Severiano Porto, a Casa Millan (SP, 1985), de Carlos Acayaba, são algumas das Grandes Coberturas que completam a exposição.

Exposição: Arquitetura Brasileira – O Coração da Cidade – a invenção do espaço de convivência

Abertura: 19 de abril, às 20h

Até 03 de julho de 2011, terça a domingo, das 11h às 20h

Instituto Tomie Ohtake

Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) - Pinheiros SP

Fone: 11.2245-1900

Informações à Imprensa

Marcy Junqueira – Pool de Comunicação

Contato: Martim Pelisson

marcy@pooldecomunicacao.com.br / martim@pooldecomunicacao.com.br

Fone: 11.3032-1599

4 comentários:

  1. Quanta coisa a gente aprende aqui Marcário! Excelente! Arquitetura é fascinante. Mas há cada obra modernosa! Umas até parece o astelo de Greyskull restilizado!

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  2. Eu não acredito que tudo o que eu escrevi foi deletado pelo google.
    Que ódioooo!
    MAS RESUMINDO, sou a favor de uma arquitetura mais inteligente, ecologicamente correta e que integre o ser humano dentro dela, não a enterre num sarcófago como toda a arquitetura existente o faz.

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  3. Pior que não é apenas a construção arquitetônica em si. Já vi um decorador convencer uma pessoa a trocar os quadros de sua parede porque eles não combinavam com o novo jogo de estofados que ele indicou. Até que não me estranho que existam profissionais assim. Triste é saber que ainda existam pessoas que não sejam livres o suficiente para ter o seu próprio gosto.

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  4. Procure imagens da atinga faculdade de medicina da Bahia, no Terreiro de Jesus, Pelourinho -Salvador, é linda vc vai gostar

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