O MuBE conta com apoio institucional de 3M, Stella Artois, Kettel One e BMW, viabilizado via ProAC / Governo do Estado de São Paulo.
Visualização de vídeos
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
FERNANDO BOTERO - DORES DA COLÔMBIA NO MUBE
O MuBE conta com apoio institucional de 3M, Stella Artois, Kettel One e BMW, viabilizado via ProAC / Governo do Estado de São Paulo.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
EstúdioBuck na P/ARTE
domingo, 13 de novembro de 2011
Steve McCurry – Alma Revelada
INSTITUTO TOMIE OHTAKE
APRESENTA
Steve McCurry – alma revelada
Abertura: 10 de novembro de 2011, às 20h - 29 de janeiro de 2012
A mostra realizada em parceria com a Galeria Babel traz cerca de 100 imagens que passam pelos muitos lugares e muitas cores vivas presentes no trabalho do fotógrafo americano, trazendo também as guerras, o atentado de 11 de setembro e seu último rolo Kodachrome.
Reconhecido universalmente como um dos maiores criadores de imagens da atualidade, o autor da famosa foto da menina Afegã e membro da Magnum Photos desde 1986 conquistou vários entre os mais importantes prêmios da fotografia. McCurry, de acordo com a tradição mais refinada dos documentaristas, captura a essência das lutas e das alegrias humanas.
A exposição reúne alguns dos mais marcantes e reconhecidos grupos de imagens de países como a Índia, Paquistão e Nigéria. Há décadas McCurry percorre lugares incomuns, trazendo consigo imagens cuja solidez narrativa alimenta fantasias, mistérios e deslumbramentos acerca do desconhecido – o “outro” que conhecemos através de jornais, filmes e revistas. Estão nesses grupos de imagens retratos como a da garota afegã refugiada que encara a lente da câmera com um olhar que se tornou célebre em todo o mundo, ao lado de cenas de festividades e rituais indianos que parecem saídos dos sonhos dos mais inventivos diretores de arte e cenógrafos. A estas imagens, juntam-se visadas para paisagens naturais tão deslumbrantes quanto surpreendentes, sobretudo algumas registradas no Afeganistão, de onde o senso comum não espera senão imagens de guerra e miséria.
A exposição, contudo, não ignora a produção feita por McCurry ao pensar visualmente a marca dos conflitos geopolíticos que marcaram as últimas décadas, e traz um abrangente recorte destas cenas. Nesse conjunto, vemos as cicatrizes da violência diretamente incrustadas nas terras das regiões afetadas, contextualizadas pelo mesmo território impressionante cultural e geograficamente que se revela na primeira parte da exposição.
O destaque, então, se dá pela inclusão de seis fotografias feitas em 11 de Setembro de 2001,
Por fim, um grupo de imagens reunido por sua qualidade processual nos aproxima de McCurry enquanto profissional. Trata-se das fotos tomadas com o último rolo Kodachrome – película famosa entre os fotógrafos por sua qualidade cromática e que deixou de ser fabricada pelo avanço das tecnologias digitais – que passou pela mão de McCurry. Ciente da escassez que tornava o rolo de filme de alguma maneira especial, o fotógrafo teve que repensar o ritmo e a densidade do ato fotográfico. A série traz, no mesmo rolo, imagens de Robert de Niro, atores da Bollywood indiana, cenas urbanas e, até, os pés descalços do fotógrafo diante da televisão em um quarto de hotel.
Exposição: Steve McCurry – alma revelada
Abertura: 10 de novembro de 2011, às 20h (convidados)
Até 29 de janeiro de 2012, de terça a domingo, das 11h às 20h – entrada franca
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) - Pinheiros SP Fone: 11.2245-1900
Informações à Imprensa
Marcy Junqueira – Pool de Comunicação
Contato: Martim Pelisson / Fone: 11.3032-1599
marcy@pooldecomunicacao.com.br / martim@pooldecomunicacao.com.br
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Preciso aprender a ser só
A última estrofe da música do Gil é uma homenagem à canção do Marcos Valle.
Preciso aprender a ser só - Gilberto Gil
Eu Preciso Aprender A Ser Só
Marcos Valle
Preciso Aprender a Só Ser
Gilberto Gil
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Cachimbo da Paz - Uma Fábula Urbana
Essa música já tem quase 20 anos, e é umas das mais geniais obras de protesto já escritas na MPB.
A criminalidade toma conta da cidade
A sociedade põe a culpa nas autoridades
O cacique oficial viajou pro Pantanal
Porque aqui a violência tá demais
E lá encontrou um velho
índio que usava um fio dental e fumava um cachimbo da paz
O presidente deu um tapa no cachimbo e na hora de voltar pra capital ficou com preguiça
Trocou seu pallitó pelo fio dental e nomeou o velho índio pra ministro da justiça
E o novo ministro, chegando na cidade, achou aquela tribo violenta demais
Viu que todo cara-pálida vivia atrás das grades e chamou a tv e os jornais
E disse: "Índio chegou trazendo novidade
Índio trouxe cachimbo da paz
Maresia, Sente a maresia Maresia ...
Apaga a fumaça do revólver, da pistola
Manda a fumaça do cachimbo pra cachola
Acende, puxa, prende passa
Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça
Todo mundo experimenta o cachimbo da floresta
Dizem que é do bom
Dizem que não presta
Querem proibir, querem liberar
E a polêmica chegou até o congresso.
Tudo isso deve ser pra evitar a concorrência
Porque não é Hollywood mas é o sucesso
O cachimbo da paz deixou o povo mais tranquilo
Mas o fumo acabou porque só tinha oitenta quilos
E o povo aplaudiu quando o índio partiu pra selva e prometeu voltar com uma tonelada
Só que quando ele voltou "Sujou"!!!
A polícia federal preparou uma cilada -
"O cachimbo da paz foi proibido
Entra na caçamba, vagabundo!
Vâmo pra DP! Ê, ê, ê, ê! Índio tá fudido porque lá o pau vai comer!"
Maresia, Sente a maresia Maresia ...
Apaga a fumaça do revólver, da pistola
Manda a fumaça do cachimbo pra cachola
Acende, puxa, prende passa
Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça
Na delegacia só tinha viciado e delinquente
Cada um com um vício e um caso diferente
Um cachaceiro esfaqueou o dono do bar porque ele não vendia pinga fiado
E um senhor bebeu uísque demais, acordou com um travesti e assassinou o coitado
Um viciado no jogo apostou a mulher, perdeu a aposta e ela foi sequestrada
Era tanta ocorrência, tanta violência, que o índio não tava entendendo nada
Ele viu que o delegado fumava um charuto fedorento e acendeu um "da paz" pra relaxar
Mas quando foi dar um tapinha levou um tapão violento e um chute naquele lugar
Foi mandado pro presídio e no caminho assistiu um acidente provocado por excesso de cerveja:
Uma jovem que bebeu demais atropelou o padre e os noivos na porta da igreja
E pro índio nada mais faz sentido
Com tantas drogas proque só o seu cachimbo é proibido?
Maresia, Sente a maresia Maresia ...
Apaga a fumaça do revólver, da pistola
Manda a fumaça do cachimbo pra cachola
Acende, puxa, prende passa
Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça
Na penitenciária o
"índio fora da lei" conheceu os criminosos de verdade
Entrando, saíndo e voltando cada vez mais perigosos pra sociedade
Aí cumpádi, tá rolando um sorteio na prisão
Pra reduzir a superlotação todo mês alguns presos tem que ser executados
E o índio dessa vez foi um dos sorteados
E tentou acalmar os outros presos:
"Peraí, vâmo fumar um cachimbinho da paz ..."
Eles começaram a rir e espancaram o velho índio até não poder mais
E antes de morrer ele pensou:
"Essa tribo é atrasada demais ...
Eles querem acabar com a violência, mas a paz é contra a lei e a lei é contra a paz"
E o cachimbo do índio continua proibido
Mas se você quer comprar é mais fácil que pão
Hoje em dia ele é vendido pelos mesmos bandidos que mataram o velho índio na prisão.