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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Crisálidas - Madalena Schwartz

Recebi o convite para o lançamento deste livro, e com que pesar não pude ir;  mas hoje consegui apreciar algumas das fotos dele, expostas na loja do IMS junto à Livraria Cultura.

Muito bom ver fotos de uma artista que nos anos 70/80 nos mostrava o universo andrógino, ainda insipiente, mas com seu glamour e suas divas.

A Elke, me recuso a usar sua alcunha, era um ícone, uma linda mulher de uma cultura invejável que ajudou a abrir as portas para  a essa forma de expressão, permitindo que vários bons artistas pudessem se expressar.

Madalena Schwartz retrata muito bem, neste mote específico, a realidade dos camarins e até dos palcos.

Li que ela, além de fã , foi a grande fotógrafa desse período, tendo feito além de retratos, registros para a posteridade.

Quando vi a foto de Paulete, que fez parte do Dzi Croquetes,  em imagem abaixo, imediatamente lembrei de uma cena antológica, dele com Sonia Braga, dos tempos em que se pensava que tudo era permitido.

A música escolhida é um dos grandes sucessos dos seus fotografados.




Assim assado - Secos e Molhados


Abaixo das fotos, o "press-release", enviados pela assessoria de imprensa do IMS.



Elvio, Boate Medieval, c. 1975
Madalena Schwartz/Acervo Instituto Moreira Salles


 Elke Maravilha, 1983
Madalena Schwartz/Acervo Instituto Moreira Salles

 Paulo Bacellar (Paulette) e Carlinhos (Dzi Croquettes), c. 1974
Madalena Schwartz/Acervo Instituto Moreira Salles

Reginaldo de Poly (Dzi Croquettes), c. 1974
Madalena Schwartz/Acervo Instituto Moreira Salles


Danton e Carlos, 1973
Madalena Schwartz/Acervo Instituto Moreira Salles



Fotos de Madalena Schwartz que retratam artistas, travestis e transformistas do cenário paulistano dos anos 1970 são publicadas
em livro

Publicação com imagens inéditas é acompanhada por duas exposições




No dia 21 de maio, às 19h30, o Instituto Moreira Salles lança, no auditório da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, o livro Crisálidas, com 100 fotografias de Madalena Schwartz (1921-1993). Na ocasião, o jornalista Cadão Volpato, o escritor argentino Edgardo Cozarinsky – autor de um dos textos do livro – e Jorge Schwartz, filho de Madalena e organizador da publicação, participarão de um bate-papo aberto ao público sobre a vida e a obra da fotógrafa húngara. Paralelamente, o Instituto Moreira Salles expõe parte das fotografias publicadas no livro na loja Instituto Moreira Salles por Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, e também no Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca.

Crisálidas traz a público fotografias de artistas, travestis, transformistas e personagens do teatro underground paulistano. São imagens feitas por Madalena Schwartz durante a década de 1970, período ao mesmo tempo repressivo – em decorrência do regime militar – e transgressor – graças à efervescência de temas ligados à liberdade sexual que começavam a ter relevância e visibilidade.

Interessada pela androginia e pelo transformismo, temas que serviam de matéria-prima tanto para shows triviais de travestis como para uma leva de artistas inovadores, como os Secos & Molhados e os Dzi Croquettes, Madalena passou a frequentar bares e boates homossexuais paulistanos, ficou próxima a vários artistas desses grupos, bem como a figuras ligadas a eles, e os fotografou. A fotógrafa ficou fascinada pela excentricidade revelada tanto nas expressões faciais como na forma de se vestir. Na maioria das vezes, as fotografias eram feitas num estúdio improvisado em seu apartamento no edifício Copan, onde estabelecia com os retratados uma relação de proximidade, o que explica parte da força dessas fotos.

Nascida em Budapeste, em 1921, Madalena emigrou duas vezes: em 1934, órfã de mãe, foi viver com o pai na Argentina; em 1960, casada e mãe de dois filhos, mudou-se para o centro de São Paulo. Viveu na cidade até sua morte, em 1993. Não reconhecia no ato de fotografar a realização de uma arte, e sim uma etapa da luta por reconhecimento que todo imigrante deve vivenciar ao chegar em um país novo. Crisálidas é uma série fotográfica bastante emblemática do seu exercício da fotografia, pois retrata seres que, de certa forma, também deixaram vidas anteriores, seguindo por caminhos ousados, orientados pelo signo da diferença. Essa singularidade expressa nas figuras era justamente o que despertava em Madalena a curiosidade e o interesse pelo registro fotográfico.

Crisálidas
Fotos de Madalena Schwartz
Organização de Jorge Schwartz
136 pp.
R$ 80
22,5 x 30 cm
ISBN: 978-85-86707-80-3



Mais sobre Madalena Schwartz:

A obra da fotógrafa húngara no acervo do IMS, com mais de 16 mil imagens, é composta por retratos de paulistanos das décadas de 1970 e 1980, além de rostos anônimos registrados em viagens pelo Norte e Nordeste do país. Já instalada no Brasil, Madalena começa a estudar fotografia no Foto Cine Clube Bandeirantes, em 1966. No ano seguinte, ganha menção honrosa no 1° Salão Nacional de Arte Fotográfica de São Carlos, São Paulo. Na década de 1970, publica fotografias nas revistas Íris, Planeta, Claudia e Status, entre outras. Faz sua primeira exposição individual no Masp (Museu de Arte de São Paulo), em 1974. Entre 1979 e 1991, trabalha para a Rede Globo de Televisão e colabora com a Editora Abril. Em 1983, recebe o prêmio de melhor fotógrafa da Associação Paulista de Críticos de Arte – APCA. Algumas de suas fotos mais conhecidas são retratos de artistas plásticos, músicos e intelectuais brasileiros, como os de Sérgio Buarque de Hollanda e seu filho Chico Buarque, Clarice Lispector, Jorge Amado e Carlos Drummond de Andrade.


Lançamento do livro Crisálidas
Conversa com Cadão Volpato, Edgardo Cozarinsky e Jorge Schwartz
Dia 21 de maio, às 19h30
Teatro Eva Herz (Livraria Cultura) – Conjunto Nacional
Avenida Paulista, 2073

Exposições Crisálidas:

Loja Instituto Moreira Salles por Livraria Cultura
De 11 de maio a 17 de junho
Av. Paulista, 2073 – Conjunto Nacional
Segunda a Sábado, das 9h às 22h.
Domingos e feriados, das 12h às 20h.



Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca
De 11 de maio a 16 de julho
Shopping Frei Caneca
Rua Frei Caneca, 569, 3º piso – Consolação
Todos os dias, das 13h30 às 23h


Informações para a imprensa:
Nathalia Pazini e Fernanda Grandino

(+55 11) 3371-4490/ 4424

sábado, 19 de maio de 2012

Guerra e Paz, de Portinari

MAGNÍFICA!

Uma sensação quase mística ao entrar no salão onde estão expostas as duas peças. Um arrepio de puro êxtase me percorreu ao ver essas maravilhas.

Já disse aqui, várias vezes, que Portinari é o maior pintor brasileiro de todos os tempos, tento atuado em vários estilos até se fixar nessa sua estética, que é inimitável e inconfundível. Só mesmo em uma atitude de reverência é possível apreciar plenamente seus trabalhos.

A curadoria da mostra conseguiu ilustrar perfeitamente a grandiosidade desse projeto, desde sua concepção até sua instalação. Pena que essa tenha sido seu réquiem, já que proibido de lidar com as tintas a base de chumbo, não se intimidou e nos brindou com este tesouro, que é da humanidade, sublimando as nacionalidades. Pena que isso tenha agravado o envenenamento que o levou à morte.

Apesar da aridez do Memorial da América Latina, creio que o espaço foi perfeito ao seu propósito, com suas salas e salões monumentais que abrigaram adequadamente todas as obras.

O interessante foi notar a diversidade de pessoas que estavam ali para ver a mostra, crianças, jovens, adultos, idosos, artistas e turistas, todos muito atentos, aproveitando ao máximo sua visita.



 Bachianas Brasileiras, No. 3 for piano and orchestra (1938), II. Fantasia (Devaneio) 
Nashville Symphony Orchestra


Abaixo das imagens, o "press-release" fornecidos pela assessoria de imprensa do evento.






A exposição Guerra e Paz, de Portinari apresenta em première mundial os dois últimos e maiores murais criados por Candido Portinari (1903-1962), "Guerra" e "Paz", após minucioso trabalho de restauro, realizado entre fevereiro e maio de 2011, que trouxe de volta às obras o cromatismo intenso que caracteriza o trabalho do pintor.
Os monumentais murais estarão expostos junto a cerca de 100 dos estudos originais preparatórios para "Guerra" e "Paz", além de uma centena de documentos históricos, entre cartas e fotos, que contam, em detalhes, toda a trajetória de criação das obras, encomendadas pelo governo brasileiro para presentear a sede da ONU, em Nova York.
“É uma exposição histórica, sem precedentes, oportunidade única de ver ‘Guerra’ e ‘Paz’ no Brasil reunidos aos estudos. Nem o próprio pintor teve a chance de ver todo este material em seu conjunto, afirma João Candido Portinari, fundador e diretor geral do Projeto Portinari, responsável pela realização do Projeto Guerra e Paz.
Os murais são compostos, ao todo, por 28 placas de madeira compensada naval, com 2,2 metros de altura por cinco metros de largura e pesam 75 quilos cada uma. A área total pintada, uma superfície de 280 metros quadrados, é maior do que a do “Juízo Final”, de Michelangelo, na Capela Sistina.
São Paulo é o primeiro destino da fase itinerante das obras, que depois farão escala em outros países, como Japão e Noruega (em Oslo, por ocasião da entrega do Prêmio Nobel da Paz em dezembro de 2012).
O local e a cenografia
Para assumir a coordenação geral da exposição, o Projeto Portinari convidou a empresa Expomus. Guerra e Paz, de Portinari ocupará três espaços do Memorial da América Latina. Com cenografia assinada por Felipe Tassara e Daniela Thomas, “Guerra” e “Paz” estarão no Salão de Atos e poderão ser vistos pelo público em grupos de 150 pessoas, devido à limitação do espaço. Uma apresentação audiovisual de cerca de 9 minutos será projetada sobre uma tela também monumental a cada hora, mas a visitação aos painéis não é restrita a estas sessões.
Já na Galeria Marta Traba estarão reunidos cerca de 100 dos 180 estudos originais preparatórios para “Guerra” e “Paz”, já catalogados pelo Projeto Portinari, junto a documentos históricos, como cartas, depoimentos e fotos, que contam, em detalhes, toda a trajetória de criação das obras. Obras de coleções internacionais, como “Feras”, do Museo del Novecento de Milão, e “Mulher Ajoelhada”, de uma coleção particular, também merecem destaque na mostra.
Outro espaço a visitar será a Biblioteca Victor Civita, que apresentará, sob forma digital, a obra completa de Portinari por ordem cronológica. Pertencente ao Projeto Portinari, o acervo é resultado do levantamento e catalogação de quase 5 mil obras e aproximadamente 30 mil documentos relacionados a estas obras, à vida e à época do pintor.
“O Memorial da América Latina, além de dispor do espaço ideal para apreciação dos murais ‘Guerra’ e ‘Paz’, está localizado em uma área de fácil acesso a toda a população, o que está totalmente de acordo com o objetivo maior do Projeto Guerra e Paz, e também o do Projeto Portinari: dar acesso para que o grande público conheça a obra e a mensagem de Portinari. Por isso, fazemos questão que a exposição Guerra e Paz, de Portinari seja sempre apresentada com entrada franca”, diz Maria Duarte, diretora-executiva do Projeto Guerra e Paz.
“Concebido por Darcy Ribeiro e Oscar Niemeyer, o Memorial carrega o ideal da integração dos povos, uma bandeira brasileira pela paz. Promover essa exposição no local tem um significado a mais pela parceria e amizade que os dois tiveram a vida toda”, complementa João Candido Portinari.
Patrocinadores e apoiadores
A concretização do Projeto Guerra e Paz só foi possível com o apoio financeiro do BNDES, e a realização da exposição Guerra e Paz, de Portinari em São Paulo é apresentada pela Brazilian Finance and Real Estate (BFRE), companhia referência no mercado brasileiro na estruturação de negócios financeiro-imobiliários para pessoas físicas e jurídicas.
A mostra conta também com o patrocínio de O Boticário, do Banco do Brasil e dos Correios. As empresas Queiroz Galvão Exploração e Produção e Redecard também participam do projeto.
Para a realização da exposição, também foi fundamental o apoio da ONU, do Itamaraty, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da Cultura, do Governo de São Paulo, da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, da Fundação Memorial da América Latina e da TV Globo São Paulo.
Sobre os painéis “Guerra” e “Paz”
Entre 1952 e 1956, Candido Portinari realizou seus dois últimos e maiores murais, “Guerra” e “Paz”, encomendados pelo governo brasileiro para presentear a sede da ONU, em Nova York. Dag Hammarskjold, secretário-geral da ONU à época da doação, afirmou ser aquela “a mais importante obra de arte monumental” doada à organização.
Localizados em local nobre, no hall de entrada da Assembléia Geral, mas de acesso restrito aos delegados das Nações, os murais “Guerra” e “Paz” não podem ser vistos nem mesmo durante as visitas guiadas da ONU por razões de segurança.
Por esse motivo, o Projeto Portinari sempre sonhou em expor “Guerra” e “Paz” ao grande público, e uma grande reforma no edifício sede da ONU, entre 2010 e 2013, proporcionou esta oportunidade inédita.
Em dezembro de 2010, o retorno de “Guerra” e “Paz” ao Brasil foi celebrado com a exposição dos murais no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O evento reuniu mais de 44 mil pessoas em apenas 12 dias. Em seguida, passaram por um rigoroso trabalho de restauro no Palácio Gustavo Capanema, em ateliê aberto ao público, durante quatro meses.
SERVIÇO:
Exposição Guerra e Paz,de Portinari
Memorial da América Latina
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda – São Paulo
Entrada pelo portão 4
Data: até 20 de maio de 2012
Terça a domingo, das 9h às 18h
Entrada grátis
Informações à imprensa:
Approach - (11) 3846-5787
Mariana Gamero – Ramal 31 – mariana.gamero@approach.com.br
Gefferson Eusébio– Ramal 34 – gefferson.eusebio@approach.com.br

quarta-feira, 16 de maio de 2012

MODIGLIANI: IMAGENS DE UMA VIDA

Imensa expectativa, porém frustada, esperava uma exposição daquelas de marcar uma década, que seria referência a mostras futuras.

Cheguei ao MASP, com um gentil convite da assessoria de imprensa, numa euforia quase infantil, afinal teria a oportunidade de ver todas as grandes obras de um ícone da Grande Arte, na minha modesta opinião.

Qual não foi a minha decepção, ao perceber que até o MASP, detentor de pelo menos cinco obras magníficas do artista, cedeu apenas uma ou duas para este evento.

Outra estranheza foi perceber obras de outros artistas, que apesar de terem convivido com Modigliani, têm pouco a ver com sua obra.

Contrariando o release, que diz que ele não teve uma educação formal em artes, pesquisei, até porque minha impressão é de que ele teve, nas obras mostradas, muita instrução de boa qualidade em desenho e de utilização de tintas e seus suportes.

É um belo passeio, até porque poderemos apreciar o acervo do melhor museu de artes da América Latina.

A música abaixo é de um grande músico contemporâneo, em Paris, a Modigliani, e que aqui em nossa terra é pouco conhecido.


Sonatine  I. Modéré (Ravel) - Angela Hewit 

Abaixo das imagens o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do MASP.










MODIGLIANI: IMAGENS DE UMA VIDA
De 17 de maio, quinta-feira, a 15 de julho, domingo, no MASP

Link para imagens em alta:  http://comunique.srv.br/Modigliani.zip - (ficha técnica das obras retratadas no final do release). Crédito das fotos: Divulgação

EXPOSIÇÃO INÉDITA TRAZ AO MASP ORIGINAIS DE MODIGLIANI,
ALÉM DE FOTOS, MANUSCRITOS E CARTAS DO ARTISTA E DE AMIGOS

Modigliani: imagens de uma vida traz pela primeira vez ao Brasil 37 obras originais, entre pinturas, desenhos e esculturas, 22 obras de amigos – entre elas uma gravura de Picasso – e cerca de 200 peças entre manuscritos, diários, cartas e fotografias que traçam um panorama da vida do artista e de seus pares na Paris do início do século XX. Uma obra do acervo do MASP também integra a mostra em São Paulo, que poderá ser vista de 17 de maio a 15 de julho. A exposição faz parte do Momento Itália-Brasil e chega ao país através da parceria do Modigliani Institut Archives Légalés Paris-Roma com o MCA (Museu a Céu Aberto). Itinerante, passou por Vitória e Rio de Janeiro. Após exibição em São Paulo, segue para o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba.

Uma coleção composta por pinturas, esculturas e desenhos originais – alguns deles nunca antes apresentados na América Latina –, além de diários, fotos e manuscritos de Amedeo Modigliani fazem parte da exposição itinerante Modigliani: imagens de uma vida, que chega agora ao MASP. A obra Madame G. van Muyden, do acervo do museu paulista, também integra a mostra em São Paulo.

O percurso expositivo leva o público a uma imersão na intimidade do artista – começando por seus estudos na Itália, seus professores, aprendizados, todas as fases são ilustradas. Seu apogeu acontece na Paris modernista, em meio a manifestações artísticas, influências e confrontos criativos com os amigos que, juntos, sacudiram os pilares da arte estabelecida e ajudaram a dar novos rumos para a gerações de artistas que se formavam em meio à efervescência cultural do início do século XX.

Autoditada e dono de um estilo inconfundível, Modigliani teve uma vida intensa, marcada por grandes amores e infortúnios. Morto precocemente em 1920, aos 35 anos, conviveu com os principais nomes da cena artística parisiense de sua época. Na mostra, esta intimidade vem à tona no diário de sua mãe, em cartas trocadas com amigos como Pablo Picasso, André Derain, Max Jacob e Léonard Foujita e nas fotos de seu ateliê, de suas modelos e dos lugares onde viveu.

Outro destaque são as 22 obras produzidas pela mulher e amigos de Modigliani, que contribuem para contextualizar o profícuo período vivido pelo artista. São três óleos de sua esposa Jeanne Hébuterne, uma gravura de Picasso, outra de Foujita, pinturas feitas a quatro mãos com Moïse Kisling, além de peças de Marevna, Jacob e outros.

Com curadoria no Brasil de Olívio Guedes, diretor da Casa Modigliani (SP), e internacional do professor Christian Parisot, presidente do Modigliani Institut Archives Légalés Paris-Roma, as obras e peças expostas vêm do acervo deste instituto e de colecionadores particulares, além de telas do acervo do MASP. “Modigliani, que foi definido ‘o artista sem mestres e sem discípulos’, se destaca no panorama de nomes importantíssimos da história da arte por ter sido fiel à sua visão figurativa da arte, conseguindo chegar a um signo identitário, que é síntese perfeita entre a imagem e o sentimento que isso suscita em transferir a alma dos sujeitos, e não apenas as fisionomias deles”, diz o curador.

Após São Paulo, Modigliani: imagens de uma vida segue para o Museu Oscar Niemeyer (MON) em Curitiba. 

Serviço Educativo

Como para as demais exposições temporárias e mostras de obras do acervo realizadas pelo MASP, Modigliani: Imagens de uma vida tem um programa educativo elaborado especialmente para atender aos visitantes, professores e alunos de escolas públicas e privadas. As visitas orientadas são realizadas por uma equipe de profissionais especializados. Informações: 3251 5644, ramal 2112.  

Modigliani: imagens de uma vida
De 17 de maio a 15 de julho, no MASP

MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Av. Paulista, 1578. Acesso a deficientes. De 3ªs a domingos e feriados, das 11h às 18h. Às 5ªs: das 11h às 20h. A bilheteria fecha meia hora antes. Ingressos: R$ 15,00. Estudantes, professores e aposentados com comprovantes: R$ 7,00. Até 10 anos e acima de 60: entrada franca. Às 3ªs feiras: acesso gratuito a todos.
Informações ao público: www.masp.art.br  Twitter:http://twitter.com/maspmuseu| Facebook: www.facebook/maspmuseuTel.: (11) 3251.5644

quarta-feira, 9 de maio de 2012

EXPOSIÇÃO DE ANA PRATA - INSTITUTO TOMIE OHTAKE

A artista apresenta tanto telas pequenas, como também trabalhos grandiosos, usando o efeito de escorrido; até agora não acho razão para que alguns artistas insistam nessa solução, aparenta relaxo ou desconhecimento do uso e diluição de suas tintas, ela só usa este efeito para os elementos complementares de uma cena, e nunca para o desenho principal.

A disposição das peças dentro da exposição parece meio dispersa pois a artista aparenta ainda buscar uma estética, e misturar as tendências não permite ao observador se fixar ou escolher seu estilo favorito.

Há belas obras, outras nem tanto, umas mostram uma certa maturidade e outras são infantilizadas; observem com atenção os quadros Barco, Tiro e Sete Lagoas, nenhum deles nas imagens abaixo.

É informado que a artista desenvolve seu trabalho em cima de fotografias, não tendo então problemas com o ângulo da luz e suas sombras.

É uma artista que promete, se continuar estudando e se aprimorando; espero que ela não pense que sua bagagem é suficiente para elevá-la ao patamar dos grandes pintores brasileiros.

Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do Instituto Tomie Ohtake.

Samba Novo - Milton Banana Trio








INSTITUTO TOMIE OHTAKE


APRESENTA

A EXPOSIÇÃO DE ANA PRATA
E também o elevador, o vulcão e o jantar
Abertura: 08 de maio, às 20h (convidados) – até 24 de junho de 2012
O Instituto Tomie Ohtake, que dedica parte de sua programação a exposições individuais de artistas contemporâneos brasileiros, apresenta “E também o elevador, o vulcão e o jantar”, mostra que reúne um conjunto de cerca de 20 trabalhos recentes de Ana Prata, com texto assinado pelos curadores Paulo Miyada e Diego Matos, do Núcleo de Pesquisa e Curadoria da instituição.
Se existe algo que caracterize a pintura do século XX são as repetidas declarações da sua “morte”. Ora em alta ora ofuscada por outros formatos, ela está em constante movimento ondular, passando por períodos de desvalorização e momentos de retomada, como o que vivemos agora, em todo o mundo. No Brasil, uma nova geração de pintores figurativos embarcou nessa crescente, ganhando atenção da cena artística. Dentre eles, está a mineira Ana Prata.
Reconhecida pela crítica como um dos talentos de sua geração, Ana Prata faz uso de imagens pré-existentes para criar suas telas. Podem ser fotos ou imagens obtidas através de pesquisas na internet, a partir das quais a artista constrói narrativas também abertas à imaginação do espectador. “Trata-se de uma busca aleatória e fortuita pelos detalhes das coisas que nos cercam já aprisionadas em fotografias e dispersas em um mundo quase que paralelo da vasta ficção promovida no universo virtual”, comentam os curadores. Critérios de ordem variada e não excludente convivem no momento da escolha de qual imagem será pintada. Isso, segundo Miyada e Matos, acaba por promover a flutuação de assuntos e atmosferas nas pinturas resultantes.
Se a representação figurativa caracteriza a guinada da atual geração em relação às anteriores, Ana Prata o faz diferenciando cada um de seus trabalhos. Seja pelo uso da cor, pela pincelada ou pela carga de tinta aplicada, a artista transforma suas telas em algo muito diverso da fotografia inspiradora. Para os curadores, o que determina a diversidade capaz de tornar o conjunto da obra complexo é a possibilidade de variação da atitude da artista ao pintar cada tela: mais e menos solvente, pinceladas menores e maiores, escorrimentos de tinta, cores naturalistas e matizes de alto contraste, manchas que sugerem o movimento da água de um rio e traço cartunesco. “Tudo colabora para que o gesto expresso em cada pintura questione o que há de virtuoso ou de precário na postura que deu forma às imagens avizinhadas pela montagem da exposição”, completam.
Sobre Ana Prata
Ana Prata (Sete Lagos, MG, 1980) vive e trabalha em São Paulo. Graduada em Artes Plásticas pela Escola de Comunicação e Artes da USP (2008), a artista foi assistente do pintor Rodrigo Andrade e já realizou exposições individuais no Centro Universitário Maria Antônia e Centro Cultural São Paulo, ambas em 2009 e na Galeria Marília Razuk, em 2010. Participou de coletivas no Paço das Artes, “menos 21”, ECA-USP, Casa das Rosas e 12º Salão Paulista de Arte Contemporânea. Em 2011, realizou uma residência na Red Bull House of Art, que ocupou o edifício Sampaio Moreira, no centro de São Paulo e participou da coletiva “Os Primeiros Dez Anos”, no Instituto Tomie Ohtake.
Exposição: Ana Prata – E também o elevador, o vulcão e o jantar
Abertura convidados: 08 de maio, às 20h
Visitação: de 09 de maio a 24 de junho de 2012, de terça a domingo, das 11h às 20h – entrada franca
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) - Pinheiros SP Fone: 11.2245-1900
Informações à Imprensa
Marcy Junqueira – Pool de Comunicação
Contato: Martim Pelisson / Fone: 11.3032-1599

domingo, 6 de maio de 2012

Pixinguinha - Inéditas e redescobertas

Nesta sexta-feira tive a felicidade de assistir a um recital, num projeto do Instituto Moreira Salles, de músicas do genial Pixinguinha que estavam inéditas ou esquecidas, que não eram publicadas há muito tempo.

Numa reunião de reunião de três grandes instrumentistas da cena musical brasileira, que tiveram a liberdade de criar seus próprios arranjos em cima das partituras selecionadas, consegui fortalecer minha opinião de que Alfredo da Rocha Viana Filho foi um dos maiores músicos de todos os tempos, e não só da nossa música.

Muito interessante foi observar o resultado nas interpretações de cada participante, Benjamim Taubkin fez seus arranjos numa cadência mais calma, nostálgica e quase triste, murmurando as melodias junto ao desenrolar das peças; Leandro Braga já imprimiu uma personalidade mais vigorosa e mundana, seu arranjo para One Step mostra que Pixinguinha não deve nada aos grandes compositores americanos do século XX; já Cristovão Bastos, com sua longa jornada no universo musical nos apresenta arranjos potentes, alegres, dentro do que imagino era a idéia do compositor, o arranjo de Carinhoso que encerra a apresentação é simplesmente magnífico.

Espero que o IMS não demore a nos brindar com o registros destes eventos, que merecem estar nas discotecas particulares, de conservatórios e mesmo de centros culturais que prezem a divulgação de nossos tesouros.

Abaixo das fotos, documentário retirado do site da TV Trama. Fotos e "press-release" fornecidos pela assessoria de imprensa do IMS.















O Instituto Moreira Salles e a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo lançam o livro Pixinguinha - Inéditas e redescobertas, com 20 partituras. No lançamento, os pianistas Benjamim Taubkin, Leandro Braga e Cristovão Bastos apresentarão todas as músicas inéditas com arranjos próprios e alguns clássicos, como "Carinhoso", "Naquele tempo” e “Ingênuo”. Os shows acontecerão no Rio de Janeiro, no dia 2 de maio, no IMS-RJ, às 20h, e em São Paulo, no dia 4 de maio, às 21h, no Teatro Fecap. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). No dia 5 de maio (sábado), os pianistas farão uma apresentação gratuita e aberta ao público no Teatro Fecap. O evento integra a programação da Virada Cultural.

Organizada por Bia Paes Leme, coordenadora do acervo de música do Instituto Moreira Salles, Pedro Aragão, bandolinista e regente, e Paulo Aragão, violonista e arranjador, a publicação reúne 20 partituras, dentre elas nove inéditas e outras 11 há muito tempo inacessíveis ao grande público. A série de partituras inéditas reflete períodos históricos e influências diversas da carreira musical de Pixinguinha (1897-1973), e pode ser dividida em diferentes conjuntos, segundo Pedro Aragão em seu texto de introdução ao livro. O primeiro, representado por composições que remetem à linguagem do choro do século XIX, foi produzido durante a juventude de Pixinguinha. No segundo conjunto, poderiam ser agrupadas músicas nas quais se nota a influência da efervescência cultural do Rio de Janeiro nas duas primeiras décadas do século XX, quando a então capital da República atraía populações de todas as partes do país e do mundo, reunindo influências musicais tão díspares como as da música nordestina e norte-americana. Um terceiro conjunto apresenta Pixinguinha em plena maturidade como compositor. São choros e valsas que facilmente poderiam ser enquadrados na categoria de clássicos por sua genial invenção melódica e coesão entre as partes.

Na categoria das redescobertas, foram encontradas joias musicais ignoradas até hoje que revelam facetas pouco conhecidas do compositor. Trata-se de uma seleção de músicas cujas edições, em sua maioria das décadas de 1940 e 1960, encontravam-se esgotadas há muito tempo. Muitas das edições também traziam erros frequentes de melodia e harmonia. A seleção traz choros, valsas, tangos e outros gêneros, cuidadosamente revisados e harmonizados.

Pixinguinha - Inéditas e redescobertas é fruto da catalogação e pesquisa do acervo de Pixinguinha, desde 2000 sob a guarda do IMS, além de outras coleções que igualmente guardam seus originais, como o acervo de Jacob do Bandolim, atualmente no Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro.

Pixinguinha – Inéditas e redescobertas é a segunda publicação do Instituto Moreira Salles e da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo a partir do Acervo Pixinguinha. Em 2010, foi lançado Pixinguinha na pauta, reunindo 36 arranjos do mestre para o programa de rádio O Pessoal da Velha Guarda, comandado por Almirante na década de 1940-1950. Com esta segunda publicação, o IMS e a Imprensa Oficial renovam sua parceria e seu compromisso com a difusão deste que é um dos mais importantes patrimônios musicais do país.



Pixinguinha – Inéditas e redescobertas
Partituras de Pixinguinha
Organização de Bia Paes Leme, Pedro Aragão e Paulo Aragão
64 pp.
R$ 60
24x30 cm
ISBN: 978-85-401-0048-0 IMESP
ISBN: 978-85-86707-76-6 IMS











Serviço show Pixinguinha - Inéditas e redescobertas:

2 de maio (quarta-feira), às 20h – Rio de Janeiro
Instituto Moreira Salles
Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea
Tel.: (21) 3284-7400/ (21) 3206-2500
Ingressos à venda na recepção do IMS-RJ a partir de 24/4
R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) - venda de ingressos é limitada a dois por pessoa

4 de maio (sexta-feira), às 21h – São Paulo
Teatro da Fecap
Av. Liberdade, nº 532, Liberdade
Ingressos à venda:


- Ingresso Rápido www.ingressorapido.com.br - a partir da semana anterior ao show;
- Na bilheteria do teatro, quinta (03) e sexta-feira (04), a partir das 14h.
(11) 4003-1212
R$30 (inteira) e R$15 (meia)

5 de maio (sábado), às 21h – São Paulo
Teatro da Fecap - SP
Av. Liberdade, nº 532, Liberdade
Entrada gratuita – VIRADA CULTURAL DE SÃO PAULO
Retirada de ingressos na bilheteria a partir das 19h

Informações para a imprensa:
IMS
Nathalia Pazini e Fernanda Grandino
(11) 3371-4490/ 4424

Imprensa Oficial
Vera Sá e Carol Prado
2799 4339/ 7633

Teatro FECAP - Quatro Elementos Comunicação & MKT. Cultural
Daniela Oliveira, Aline Burgueño – Juliana Macarenco
3667-9826 / 3661-2445 / 3571.1303