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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Fotolivros latino-americanos

Uma exposição com o tema incomum em exposições, de livros de fotos, já vi várias em que o tema da mostra era centrado em um só livro, apresentando imagens publicadas no mesmo.

Nesta podemos observar um amplo espectro de temas, de projetos gráficos e estéticos de várias nações latino-americanas, de olhares únicos com resultados surpreendentes.

Apesar de pequena frente à imensa quantidade e qualidade de trabalhos deste tema, consegue nos deixar curiosos em conhecer mais deste universo.

Cancion com todos - Mercedes Sosa

Abaixo das imagens o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do IMS.







Exposição de fotolivros no IMS-SP retrata o trajeto da fotografia na América Latina e revela a contribuição do continente na história dos livros fotográficos



O Instituto Moreira Salles de São Paulo abre no dia 18 de julho, às 19h30, a exposição Fotolivros latino-americanos. O objetivo da mostra, que tem curadoria de Horacio Fernández, historiador e professor na Faculdade de Bellas Artes (Cuenca, Espanha) é apresentar os melhores fotolivros da América Latina desde os anos 1920 até a atualidade. Serão exibidas cerca de 50 publicações, 100 fotografias e 8 vídeos produzidos a partir de imagens dos livros presentes na mostra. Mais do que uma história da fotografia no continente, a exposição funciona como um panorama estético, social e cultural da América Latina.

Fotolivros Latino-americanos é o resultado de pesquisas feitas em onze países – Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Nicarágua, Peru e Venezuela – ao longo de quatro anos (2008 a 2011). Horacio Fernández contou com o apoio de um conselho de curadores composto pelo argentino Marcelo Brodsky, o brasileiro Iatã Cannabrava, o inglês Martin Parr, a americana Lesley Martin e o espanhol Ramon Reverté. Um dos critérios de seleção foi o de contemplar apenas projetos nos quais o fotógrafo – obrigatoriamente latino-americano – tem um papel ativo na realização do livro, em conjunto com o designer gráfico e o editor. São trabalhos de grandes artistas como Horacio Coppola, Claudia Andujar, Boris Kossoy, Paz Errázuriz, Manuel Álvarez Bravo, Miguel Rio Branco e Paolo Gasparini e de editores/designers como Massao Ohno, Wesley Duke Lee, Álvaro Sotillo e Vicente Rojo.

A montagem da exposição é dividida em uma introdução e seis temas:

- Introdução: América Antes da América, apresentação do livro Amazônia, de Claudia Andujar e George Love.

1. História e propaganda: fotolivros de documentação, protesto e propaganda podem ser usados para compilar a história da América Latina em imagens. O Álbum histórico gráfico (1921), do fotógrafo mexicano Agustín Victor Casasola, relata por meio de fotografias documentais a revolução mexicana dos anos 1910. Outro exemplo é Candomblé (1957), de José Medeiros, que registrou rituais secretos da cultura afro-brasileira.

2. Fotografia urbana: a cidade é um dos principais temas dos fotolivros latino-americanos. Há trabalhos sobre Buenos Aires, Caracas, Cuzco, México, São Paulo e Brasília – que é tema de Doorway to Brasilia (1959), do designer Aloísio Magalhães e do gravador Eugene Feldman. Buenos Aires é retratada por Horacio Coppola – cuja obra é preservada pelo IMS.

3. Ensaios fotográficos: alguns fotolivros latino-americanos são particularmente ricos pela complexidade de seu conteúdo e a qualidade de sua forma. Sistema nervioso (1975) interpreta a cidade de Caracas como um quebra-cabeça de signos enigmáticos. A fotógrafa Barbara Brändli, o designer John Lange e o escritor Roman Chalbaud são responsáveis por essa obra. Retromundo (1986) é um importante fotolivro de Paolo Gasparini, que mostra a essencial diferença entre as imagens da América Latina e imagens da Europa e América do Norte.

4. Fotolivros de artista: durante os anos 1970, muitos artistas acreditavam que o processo de criação era mais importante que o resultado final do trabalho. A fotografia foi usada como meio de documentação desses processos criativos. Há os registros de performances, como Auto-photos (1978), da brasileira Gretta, e trabalhos sobre o corpo como Autocopias (1975), do venezuelano Claudio Perna. A reflexão sobre a linguagem artística é tema de fotolivros muito importantes como Fallo fotográfico (1981), obra conceitual do chileno Eugenio Dittborn.

5. Literatura e fotografia: chamam a atenção a quantidade e a qualidade dos livros literários com ensaios fotográficos editados na América Latina. Um exemplo é Asfalto-Infierno (1963), do escritor Adriano González León e do artista Daniel González, responsável pelo design e pelas fotos de uma Caracas demoníaca. Os poemas de Paranóia (1963), de Roberto Piva, constituem uma alucinada visão de São Paulo, fotografada por Wesley Duke Lee.

6. Fotolivros contemporâneos: nos últimos anos, a produção de fotolivros na América Latina aumentou muito e alguns dos melhores livros foram influenciados por publicações mais antigas, como a fotografia urbana em Siesta argentina (2003), de Facundo de Zuviría, e Noturnos São Paulo (2002), de Cássio Vasconcellos. O arquivo também é um gênero nas artes visuais do novo século, com obras ambiciosas como O arquivo universal (2003), de Rosângela Rennó, que usa “o livro como um espaço de exposição, com suas próprias características gráficas”.

A exposição Fotolivros latino-americanos, coproduzida pelo Instituto Moreira Salles (RJ e SP), Le Bal (Paris), Ivory Press (Madrid) e Aperture (Nova York) é o resultado de pesquisas feitas em diversos países que se iniciaram em 2007 durante o Fórum Latino Americano de Fotografia de São Paulo. O projeto também resultou em um livro, lançado pela Cosac Naify em coedição com a editora mexicana RM, a norte-america Aperture e a francesa Images em Manoeuvre. Após ser exibida na França, Espanha e EUA, a exposição foi apresentada no IMS-RJ (de março a junho) e segue agora para o IMS-SP (de julho a outubro). “Este exemplar projeto colaborativo entre instituições, editoras, pesquisadores e autores permitiu que este relevante conteúdo relativo à fotografia latino-americana fosse reunido e circulasse por diversos países da Europa e das Américas, dando visibilidade internacional à produção dos fotógrafos, editores e designers latino-americanos que ao longo dos últimos cem anos utilizaram o fotolivro como plataforma privilegiada para seus projetos autorais, artísticos e documentais”, explica Sergio Burgi, coordenador do acervo de fotografia do IMS.

Sobre Horacio Fernández:
É historiador, curador e professor na Faculdad de Bellas Artes, em Cuenca, na Espanha. Foi curador da PhotoEspaña entre 2004 e 2006. É autor, entre outras publicações, de Fotografía Pública (1999), livro que acompanhou a exposição homônima com curadoria de Fernandez para o Museo Reina Sofía (Madri).  Veja aqui uma entrevista com Horacio Fernandéz sobre o projeto Fotolivros Latino-americanos: http://www.youtube.com/watch?v=9igO725jyDI

Fotolivros latino-americanos
Abertura: 18 de julho de 2013, às 19h30
Exposição: de 19 de julho a 20 de outubro de 2013
De terça a sexta, das 13h às 19h
Sábado, domingo e feriado, das 13h às 18h
Entrada franca - Classificação livre

Instituto Moreira Salles – São Paulo
Rua Piauí, 844, 1º andar, Higienópolis
Tel.: (11) 3825-2560


Informações para a imprensa:
Nathalia Pazini - (11) 3371-4490
Paula Simões - (11) 3371-4424



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