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sábado, 27 de junho de 2015

Arte da Itália – de Rafael a Ticiano

É sempre uma maravilhosa sensação visitarmos os grandes mestres, principalmente estes que fazem parte de nosso tesouro cultural, sim pois apesar de não ser uma instituição pública o MASP já é e desde sempre do povo paulistano.

Com essa seleção de obras de seu vasto e respeitado acervo nos trás à luz obras que se encontravam em sua reserva técnica e que não eram vistas há muito tempo pelo grande público.

E com grande euforia que percebi o MASP está se modernizando voltando às suas origens, retomando as maneiras de exibição de suas pinturas como eram feitas em sua sede original na rua Sete de Abril e recuperando os cavaletes de vidro criados por Lina Bo Bardi, quando da inauguração desta sede monumental da Paulista. Nunca entendi a antiga direção da instituição ter optado por colocar paredes internas naquele imenso salão de exposições que aproveita todo o vão livre criado pela arquiteta, onde o que importava era a plena observação das obras mostradas, banhadas pela luz natural vindas de suas imensas janelas. A péssima solução adotada, além de escurecer o ambiente, tirou espaço da sala nos privando assim o pleno deleite de seu acervo.

Outro detalhe a se guardar é a apresentação, nas legendas dos doadores das obras expostas, comum nas mostras permanentes e que era neglicenciado nas temporárias como esta. Recomendo a leitura de "Chatô - O Rei do Brasil" de Fernando de Morais onde descobrimos as artimanhas e expedientes que seu fundador usava para conseguir as doações e formar o mais importante museu de artes da América Latina.

Um passeio imperdível.

Concerto in C major 'Per la Santissima Assunzione di Maria Vergine'
Antonio Vivaldi

Abaixo das imagens, o "press-release" fornecidos pela assessoria de imprensa do MASP.





Giovanni Bellini (Veneza, Itália [Venice, Italy], circa 1430/35- 1516)
A Virgem com o menino de pé, abraçando a mãe (Madonna Willys) [The Virgin with Standing Child, Embrancing Mother (Madonna Willys), 1480-90
Óleo sobre madeira [Oil on wood], 75 x 59 cm
Doação [Gift] Walther Moreira Salles, 1957


Jacopo Tintoretto (Veneza, Itália [Venice, Italy], 1518- 1594)
Ecce Homo ou Pilatos apresenta Cristo à multidão [Ecce Homo or Pilate Presents Christ to the Crowd], 1546-47
Óleo sobre tela [Oil on canvas], 109 x 136 cm
Doação [Gift] Cia. Siderúrgica Belgo-Mineira S.A., Banco do Estado de São Paulo-Banespa, Gastão Vidigal,
Clemente de Faria, Miguel Maurício, Banco da Lavoura de Minas Gerais S.A. e [and] Alberto Quattrini Bianchi, 1949


Carlo Saraceni (Veneza, Itália [Venice, Italy], 1579- 1620)
Marte e Vênus, com uma roda de cupidos e paisagem [Mars and Venus, with a Circle of Cupids and Lanscape], 1605-10
Óleo sobre cobre [Oil on cooper], 40 x 52 cm
Doação [Gift] Moinho Santista Indústrias Gerais S.A., 1947


Alessandro Magnasco (Gênova, Itália [Genoa, Italy], 1667- 1749)
Paisagem com pastores [Landscape with Shepherds], circa 1710-30
Óleo sobre tela [Oil on canvas], 114 x 146 cm
Doação [Gift] Moinho Santista Indústrias Gerais S.A., 1947


Rafael [Raphael], (Urbino, Itália [Italy], 1483 – Roma, Itália [Rome, Italy], 1520)

Ressurreição de Cristo [The Resurrection of Christ], 1499-1502
Óleo sobre madeira [Oil on wood], 52 × 44 cm
Doação [Gift] Sr. e Sra. [Mr. and Mrs.] Moreira Salles, Leão Gondin de Oliveira, Hélio Muniz, Gastão Vidigal Filho, 
Francisco Matarazzo Sobrinho, João di Pietro, Brasílio Machado Neto, Diários e [and] Emissoras Associados, 1958



Ticiano [Titian] (Pieve di Cadore, Belluno, Itália [Italy], 1488/90 – Veneza, Itália [Venice, Italy], 1576)
Retrato do cardeal Cristoforo Madruzzo [Portrait of Cardinal Cristoforo Madruzzo], 1552
Óleo sobre tela [Oil on canvas], 230 x 131 cm
Doação [Gift] ......., 1951


Andrea Mantegna (Isola di Carturo, província de Pádua, Itália [Province of Padua, Italy], circa 1431 – Mântua, Itália [Mantua, Italy], 1506)
São Jerônimo penitente no deserto [Saint Jerome Penitent in the Desert], 1448-51
Têmpera sobre madeira [Tempera on wood], 48 x 36 cm
Doação [Gift] Câmara Municipal de São Paulo, 1952


Pietro Perugino e ateliê [and studio] (Cittá dela Pieve, Itália [Italy], 1446 – Fontignano, Itália [Italy], 1524)
São Sebastião na coluna [St. Sebastian at the Column], circa 1500-10
Óleo sobre tela [Oil on canvas], 181 x 115 cm
Doação [Gift] doado pela Companhia Antarctica Paulista S.A., 1947


Maestro di San Martino Alla Palma (Florença, Itália [Florence, Italy)
Virgem com o menino Jesus [The Virgin and the Child],  1310-20
Têmpera sobre madeira [Tempera on wood], 66 x 39 cm
Aquisição [Purchased], 1958



MASP EXPÕE O MAIS SIGNIFICATIVO CONJUNTO DE ARTE ITALIANA DO HEMISFÉRIO SUL

Arte da Itália – de Rafael a Ticiano faz um recorte com obras de mestres do século 13 ao 18




De 26 de junho a 20 de setembro, o MASP apresenta a exposição Arte da Itália – de Rafael a Ticiano, que traz uma seleção da coleção de arte italiana que integra o acervo do MASP, juntamente com documentos relacionados a esses trabalhos. As cerca de 30 obras escolhidas formam o mais significativo conjunto de arte italiana do hemisfério sul.

O recorte da mostra vai do século 13 ao 18, passando pelos períodos Medieval, Renascimento e Barroco, com telas de artistas como Rafael (1483–1520), Andrea Mantegna (1413–1506), Giovanni Bellini (1430–1516), Jacopo Tintoretto (1518–1594), Sandro Botticelli (1445–1510 ), Ticiano (1488/1490–1576) e Alessandro Magnasco (1667–1749).

Os documentos que serão exibidos foram pesquisados e selecionados nos arquivos documentais e fotográficos do museu e incluem correspondências sobre doações, aquisições, atribuições de obras e empréstimos entre o MASP e outras instituições ou indivíduos, notas fiscais e recibos. Também serão mostrados fichas de registro do acervo, convites e folhetos de exposições, recortes de jornais e revistas e fotografias de obras e de exposições anteriores. “Ao exibir esse tipo de documentação no espaço expositivo, justapondo-os às obras que estão relacionados, oferecemos uma nova camada de leitura sobre a coleção, revelando parte da história do museu”, comenta Tomás Toledo, curador assistente.
            
O núcleo central da exposição mostra as transformações estéticas e técnicas do Renascimento, período fundamental da história da arte, abrangendo um arco temporal que vai de Rafael, com o rigor do desenho em Florença, a Ticiano, com o uso da cor em Veneza. 

A expografia, desenvolvida pelo escritório Metro Arquitetos Associados, retoma dois projetos de Lina Bo Bardi (1914 – 1992), arquiteta do MASP, para o acervo do museu. O primeiro é uma reconfiguração dos painéis suspensos que foram utilizados na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), para expor a coleção do museu, entre 1957 e 1959 – originalmente painéis de 18 metros, aqui eles são de 24 metros. O segundo projeto resgata as estruturas tubulares de metal que exibiam as pinturas, também de forma suspensa, estas projetadas para o MASP, em 1947, ano de sua fundação, na antiga sede da rua 7 de Abril. A recuperação de projetos de Lina nas exposições de 2015 apresenta ao público o percurso da arquiteta até chegar aos famosos cavaletes de vidro. Lina projetou os cavaletes para a exposição do acervo no segundo andar do museu na Avenida Paulista, inaugurado em 1968. Sem uso desde 1996, eles voltarão no final do segundo semestre de 2015.

A exposição tem curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico do MASP, Eugenia Gorini Esmeraldo, coordenadora de Intercâmbio, e Tomás Toledo, curador assistente.


SERVIÇO
Arte da Itália – de Rafael a Ticiano
Abertura: 25 de junho, 19h30
Período da exposição: 26 de junho e 20 de setembro de 2015
Local: 2º subsolo do MASP
Endereço: Avenida Paulista, 1578, São Paulo, SP
Horários: terça a domingo: 10h às 18h (bilheteria aberta até as 17h30); Quinta-feira: 10h às 20h (bilheteria até 19h30)
Ingressos: R$25,00 (entrada); R$12,00 (meia-entrada)
O MASP tem entrada gratuita às terças-feiras, durante o dia todo, e às quintas-feiras, a partir das 17h.
O ingresso dá direito a visitar todas as exposições em cartaz no dia da visita.
Estudantes, professores e maiores de 60 anos pagam R$12,00 (meia entrada).
Menores de 10 anos de idade não pagam ingresso.
O MASP aceita todos os cartões de crédito. O Vale cultura é bem-vindo.

Estacionamento: Convênio com Progress Park: Avenida Paulista, 1636, R$ 15,00 por um período de 3 horas.
De segunda a sexta-feira, das 7h às 21h30, pelo período de 2 horas: R$14
Sábados, domingos e feriados pelo período integral (das 7h às 21h30): R$13

Acessível a deficientes, ar condicionado, classificação livre.


Imprensa
A4 Comunicação (11) 3897-4122
Francine Kath: francinekath@a4com.com.br
Mai Carvalho:  maicarvalho@a4com.com.br

sábado, 20 de junho de 2015

Cândido Portinari na Galeria Almeida & Dale

Mais uma magnífica mostra com que a Galeria Almeida e Dale nos brinda, daquelas de aquecer ao coração, daquelas que confirmam a frase proferida pelo próprio artista - "Uma pintura que não fala ao coração não é arte, porque só ele a entende." 

É uma emoção quase indescritível o prazer que temos ao ver tantas obras maravilhosas assim reunidas, todas as pintura nos enlevam e prendem nossa atenção, fazendo com que até percamos a noção do tempo.

As pinturas desta mostra faz com que percebamos como o mestre influenciou e foi influenciado por seus pares criando assim a nova identidade das artes plásticas nacional.

Um evento dessa magnitude nunca seria possível sem a credibilidade da curadora Denise Mattar que com rara sensibilidade e conhecimento consegue lidar com as diversas restrições, preocupações e vaidades dos colecionadores fazendo com que eles, mesmo que num breve período, compartilhem seus tesouros conosco. Imaginem a complexidade em conciliar agendas, transporte e seguro dessas obras.

O espaço de exposições da galeria é muito bem construído, permitindo assim o pleno desfrute das obras expostas.
Como já havia escrito em meu comentário sobre a mostra Guignar - Sonhos e Sussuros, a galeria Almeida e Dale se firma como um importante centro cultural da cena paulistana.

Um magnífico passeio que ficará por muito tempo em nossa memória pois Cândido Portinari é o mair pintor brasileiro de todos os tempos.   




Bachianas Brasileiras, No. 7 Giga (Quadrilha Caipira)



Abaixo das imagens, o "press-release" fornecidos pela assessoria de imprensa da galeria.













Galeria Almeida & Dale inaugura mostra de Candido Portinari com obras raramente reunidas

Individual trará pinturas realizadas entre 1931 e 1944, período que elevou Portinari ao posto de maior artista brasileiro




A Galeria Almeida e Dale inaugura no dia 18 de Junho a exposição Portinari e a poética da modernidade brasileira. Com curadoria de Denise Mattar, a mostra traz ao público um corpo de 35 obras emblemáticas, produzidas entre 1931 e 1944, período importante que elevou Portinari ao posto de maior artista brasileiro.

O enfoque da exposição surgiu a partir da pesquisa da curadora sobre dois acontecimentos marcantes do Modernismo no Brasil: o XXXVIII Salão de Belas-Artes, em 1931, no Rio de Janeiro, e a Exposição de Arte Moderna, de 1944, em Belo Horizonte. Cândido Portinari teve papel decisivo nos dois eventos, e por conta deles acabou por se tornar o principal protagonista da expansão do Modernismo em território nacional.

Em 1931, Portinari, recém-chegado da Europa, foi convidado a participar, da Comissão Organizadora do XXXVIII Salão de Belas-Artes (o Salão Revolucionário de 1931, de Lúcio Costa). A mostra levou para o Rio de Janeiro - então capital do país e reduto acadêmico - obras dos modernistas Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, entre outros.

Além de ter contribuído na organização, Portinari apresentou 17 trabalhos que chamaram a atenção do escritor e crítico Mário de Andrade, que estava decepcionado com as obras de Tarsila e Anita, e viu em Portinari as qualidades que buscava. Os dois se tornaram grandes amigos, e esse encontro contribuiria para que Portinari elegesse seu grande tema : Os Brasileiros.

Treze anos depois, em 1944, aconteceu a Exposição de Arte Moderna, a última grande mostra do Modernismo brasileiro. Organizada por Juscelino Kubitschek, na época prefeito de Belo Horizonte, reuniu artistas da Semana de 22, do Grupo Santa Helena, do Núcleo Bernardelli e os, então iniciantes, Iberê Camargo, Milton Dacosta e Carlos Scliar, entre outros. Mas a estrela foi Portinari. Seu trabalho O Olho, conhecido como O Galo, causou furor na imprensa dividindo opiniões.

A polêmica obra integra agora um conjunto de cerca de 35 - a serem expostas na galeria Almeida & Dale - pertencentes ao acervo de importantes colecionadores particulares de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza e de instituições como a Coleção Roberto Marinho. Da coleção desta última serão apresentadas a quase épica obra Flora e Fauna Brasileira (1934), Floresta (1942), um trabalho delicado e sutil; e Brodowsky (1942)  que retrata crianças brincando com pipas em sua terra natal.

A mostra também inclui as obras: O Violinista (1931), considerado por Mário de Andrade a melhor obra do Salão Revolucionário de 1931; O Flautista e Domingo no Morro (1934 e 35), que marcam o momento no qual o artista começa a pintar o povo brasileiro; e Jangada e Carcaça, Bois e Espantalho e Enterro, obras de 1940 nas quais o artista aborda com colorido candente o drama da seca.

A mostra também inclui as obras: O Violinista (1931), descrito por Mário de Andrade em sua apresentação do Salão Revolucionário; O Flautista e Domingo no Morro (1934 e 35), que marcam o momento no qual o artista começa a pintar o povo brasileiro; e Jangada e Carcaça, Bois e Espantalho e Enterro, obras de 1940 nas quais o artista aborda com colorido candente o drama da seca.

O lirismo do artista estará presente em trabalhos como Amigas (1938), Mulher e Criança (1940) e As Moças de Arcozelo (1940) - obra que ilustrou a capa do Catálogo Portinari of Brazil, realizada no MoMA, em 1940.

A mostra dá continuidade a ação institucional que a galeria vem desenvolvendo, tendo apresentado exposições de outros importantes mestres como Fernando Botero, Aldo Bonadei, Alfredo Volpi, Alberto da Veiga Guignard e Willys de Castro.



Sobre a curadora Denise Mattar - Denise Mattar é uma das mais conhecidas e premiadas curadoras do Brasil. Em instituições, trabalhou no Museu da Casa Brasileira, SP (1985-1987); Museu de Arte Moderna, SP (1987-1989); Museu de Arte Moderna, RJ (1990-1997). Como curadora independente realizou, de 1997 a 2014, mostras retrospectivas de Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho (Premio APCA), Ismael Nery (Prêmios APCA e ABCA), José Pancetti, Anita Malfatti, Samson Flexor (Prêmio APCA), Frans Krajcberg, Mary Vieira, Maria Tomaselli, Aluísio Carvão, Abelardo Zaluar, Raymundo Colares, Hildebrando de Castro, Norberto Nicola, Aldo Bonadei, Alfredo Volpi, Alberto da Veiga Guignard.

Entre suas principais mostras temáticas, destacam-se: Traço, Humor e Cia (Museu de Arte Brasileira da FAAP, 2002), O Olhar Modernista de JK (Palácio Itamaraty/DF, MAB-FAAP/SP, MNBA/RJ, Palácio das Artes/BH, 2004-06), O Preço da Sedução (Itaú Cultural, São Paulo, 2004), O’ Brasil – Da Terra Encantada à Aldeia Global (Palácio Itamaraty, 2005), Homo Ludens – Do Faz de Conta à Vertigem (Itaú Cultural, São Paulo, 2006), Nippon (Galeria de Valores, CCBB Rio de Janeiro, 2008), Brasília – Síntese das Artes (CCBB Brasília, 2010), Tékhne e Memórias Reveladas (Museu de Arte Brasileira da FAAP, 2010) (prêmio ABCA), Pierre Cardin (CCBB Rio de Janeiro, 2011), Mário de Andrade (Centro Cultural dos Correiros, Rio de Janeiro, 2012), Projeto Sombras (MAM Rio de Janeiro, 2012), No Balanço da Rede (Caixa Cultural, Rio de Janeiro, 2014), Duplo Olhar (Paço das Artes, São Paulo, 2014).

Serviço

Portinari e a poética da modernidade brasileira
Curadoria de Denise Mattar
Abertura: quinta-feira, 18 de junho, às 19h
Visitação: De 19 de junho a 15 de agosto de 2015
De segunda à sexta, das 10h às 18h; sábado, das 10h às 14h

Palestra com João Candido
06 de agosto de 2015, às 19h

Galeria Almeida e Dale
R. Caconde, 152 - Jardim Paulista, São Paulo - SP
Tel.: (11) 3887-7130

Informações para a imprensa:
A4 Comunicação 
+55 (11) 3897-4122

Thais Gouveia - thaisgouveia@a4com.com.br
Laís Caldeira – laiscaldeira@a4com.com.br

Neila Carvalhoneilacarvalho@a4com.com.br