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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

O impressionismo e o Brasil

Essa é uma daquelas exposições que além de nos encantar também nos causa um sentimento de inconformismo, inconformismo ao percebermos como nossas artes plásticas estão se apequenando, empobrecendo mesmo.

Onde estão aquelas magníficas escolas que preparavam nossos artistas a exercer com maestria e exuberância seus diversos talentos.

Hoje em dia, com raras e honrosas exceções o que vemos são produções rasteiras, descuidadas e cheias de pretensão. E somos encarados como uns imbecis que não captam toda a genialidade dos "artistas" contemporâneos.

O curador teve o cuidado de nos apresentar obras majestosas de Renoir para ilustrar as características dessa escola bem como a evolução das tintas e suas embalagens que permitiram a saídas dos ateliês e a criação ao ar livre, onde com as novas paletas de cores puderam fixar todas as nuances de luzes e espectros cromáticos da natureza. Há também um belo vídeo onde um artista cria uma belíssima pintura dentro do Parque do Ibirapuera, explanando os passos e as técnicas necessários a um resultado de notável beleza.

Um belo passeio a ser aproveitado com um interessado vagar. 



Conjunto De Chiquinha Gonzaga - 1912 - Falena

Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do MAM.












Exposição no MAM narra a trajetória do movimento impressionista no Brasil a partir da chegada
das tintas industriais

Mostra exibe cerca de 70 pinturas, com destaque para Renoir, um dos precursores do impressionismo na França, ao lado de 10 artistas brasileiros e estrangeiros residentes no país, como Parreiras, Castagneto, Grimm, os irmãos Arthur e João Timotheo da Costa e Visconti

Objetos de uso pessoal de Parreiras, utilizados em suas incursões para pintura ao ar livre, como bisnagas de tinta, pincéis e equipamento portátil, integram a exposição

Linha do tempo explica o curso do impressionismo no Brasil e no mundo, incluindo o expressivo aumento no número de lojas de tintas e de materiais para artistas no Rio de Janeiro de 1844 a 1889; três vídeos de Carlos Nader complementam a parte didática


O MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo – abre no dia 16 de maio (terça-feira), às 20h, a mostra O impressionismo e o Brasil, com cerca de 70 pinturas do período, levando ao espaço expositivo obras do final dos anos 1860 até a década de 1930. Oito telas são de Pierre-Auguste Renoir, um dos precursores do impressionismo na França, e as demais são de 10 artistas brasileiros e estrangeiros residentes no país. Uma linha do tempo narra o curso do impressionismo no Brasil e no mundo, e uma série de objetos utilizados por Antonio Parreiras, um dos ícones do movimento no país, complementam a mostra. Há ainda três filmes didáticos de Carlos Nader sobre o tema. Com curadoria de Felipe Chaimovich, a exposição permanece em cartaz até 27 de agosto. O patrocínio master é do Bradesco e o patrocínio de Levy & Salomão Advogados.

Com a exposição, Chaimovich busca revelar o benefício trazido pelos avanços da indústria da tinta a óleo para os pintores impressionistas, que, trabalhando ao ar livre, precisavam realizar uma pintura rápida, a fim de captar a luz desejada. O impressionismo surgiu no Brasil impulsionado pela chegada de tintas e insumos para pintura ao mercado local, em paralelo com o intercâmbio artístico entre o Rio de Janeiro e a França.

Assim como na Europa, a pintura pitoresca virou moda no Rio de Janeiro, levando uma infinidade de pintores amadores a pintar ao ar livre, estimulados pela praticidade da tinta a óleo em bisnagas, os novos pincéis e o equipamento portátil. A explosão desse fenômeno no Brasil se deu nos anos 1880, com muitas semelhanças com o que ocorre em nossos dias, quando tudo é fotografado, pela facilidade do registro, através da utilização de smartphones.

Para comprovar o fenômeno no período, o curador Felipe Chaimovich, teve o auxílio de dois documentos da época: do Almanak Laemmert, um guia de ruas e de estabelecimentos comerciais e industriais da cidade do Rio (publicado anualmente entre 1844 e 1889), e de um mapa comercial da região central do Rio de Janeiro, de 1874 (uma litogravura de Joaquim Rocha Fragoso), que reúne as fachadas numeradas de todos os edifícios. Chaimovich pôde assim registrar o aumento crescente de casas de artigos para pintura do Rio do Segundo Reinado: em 1844, a cidade contava com seis lojas de tintas em geral; Já em 1889, o negócio prosperava, com 52 lojas especializadas no comércio de materiais para artistas.    

Artistas

Das obras apresentadas, além das telas de Pierre-Auguste Renoir, que trazem principalmente retratos que utilizam a técnica da pintura rápida adotada no impressionismo, há trabalhos dos irmãos negros João e Arthur Timotheo da Costa, de Georgina de Moura Andrade Albuquerque, Lucílio de Albuquerque, Eliseu D’Angelo Visconti, Antônio Garcia Bento, Mário Navarro Costa, Giovanni Battista Castagneto, Antonio Parreiras, além de uma tela de Georg Grimm, pintor pitoresco bávaro que chegou ao Brasil no momento da explosão do movimento no país. Grimm foi professor interino de paisagem da Academia Imperial de Belas-Artes, contra a vontade dos acadêmicos, adotando o método de pintura de paisagem ao ar livre. Castagneto e Parreiras foram alunos do artista.

Estão presentes também na exposição uma série de objetos que pertenceram a Antônio Parreiras, utilizados para seu trabalho em suas incursões ao ar livre, bem como desenhos e fotos do artista em campo, que ilustraram sua autobiografia, publicada em 1926.  

Linha do tempo e vídeos didáticos

A mostra é pontuada por uma linha do tempo, que tem início em 1782, quando é lançado na Grã-Bretanha um guia de viagens voltado para o turismo pitoresco, passando pela evolução da indústria, com dados sobre o lançamento de novos pigmentos, a patente norte-americana do tubo de tinta metálico (1840), nascimento, trajetória e morte dos principais artistas do movimento no Rio de Janeiro e na França.

Há também três vídeos didáticos de Carlos Nader sobre o tema. O primeiro deles trata do turismo pitoresco e a busca por locais com irregularidades e desenhos e pinturas em aquarela, a expansão do mercado de equipamentos portáteis já na primeira metade do século 19, surgimento de cores sintetizadas pela indústria química e a invenção do tubo de tinta metálico, chegando a Renoir e a pintura ao ar livre,  e nascimento da expressão “Impressionismo”; O segundo trata do ensino da pintura de paisagem no Brasil por Grimm, que introduziu a pintura pitoresca na Academia Imperial de Belas-Artes, e o Rio de Janeiro como tema predominante do movimento no país; O terceiro vídeo demonstra a preparação da paleta, a diferença no uso do pincel chato e do pincel cônico, demonstração da pintura rápida nos estilos de Monet e Renoir e retrabalho do quadro.




Serviço:
O impressionismo e o Brasil
Curadoria: Felipe Chaimovich
Abertura: 16 de maio de 2017 (terça-feira), às 20h
Visitação: de 17 de maio a 27 de agosto de 2017
Grande Sala
Entrada: R$ 6,00 - gratuita aos sábados
Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo - Grande Sala
Endereço: Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - Portão 3)
Horários: terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h)
Tel.: (11) 5085-1300
Estacionamento no local (Zona Azul: R$5 por 2h)
Acesso para deficientes / Ar condicionado
Restaurante/café

Mais informações para a imprensa
Conteúdo Comunicação
Mariana Ribeiro – mariana.ribeiro@conteudonet.com – (11) 99328-1101
Roberta Montanari - roberta.montanari@conteudonet.com – (11) 99967-3292
Tel. (11) 5056-9800

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