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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

PEDRO CORREIA DE ARAÚJO: ERÓTICA

Essa é mais uma grata surpresa nesta temporada de exposições em São Paulo, uma magnífica mostra de um artista que também me era desconhecido e me encantou com suas pinturas e desenhos.

Não se deixe enganar com o título, Erótica, pois com duas ou três exceções, devidamente protegidas por um pano preto, só olha quem tiver curiosidade, o erotismo apresentado é de uma delicadeza ímpar de muito bom gosto.

Espero que tenhamos muito mais iniciativas como essa que nos apresentam grandes artistas que não tem a fama que merecem mas a qualidade de seus trabalhos ombreiam com as dos grandes mestres.

Um ótimo passeio que se completa com a visita à exposição de Toulouse-Lautrec.


Da cor do pecado - Elis Regina


Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do MASP













PEDRO CORREIA DE ARAÚJO: ERÓTICA
Abertura: 24 de agosto, 20h
25 de agosto a 18 de novembro de 2017
2º Subsolo

  • Após quase quatro décadas, o MASP apresenta a segunda individual de Pedro Correia de Araújo, que reúne 66 obras do artista pernambucano.

  • A exposição integra o eixo de exposições em torno da temática de Histórias da sexualidade ao longo de 2017, no Museu.

A partir do dia 24 de agosto, o MASP apresenta Pedro Correia de Araújo: erótica, monográfica que reúne 66 obras do artista pernambucano Pedro Correia de Araújo (Paris, 1881– Rio de Janeiro, 1955), divididas em quatro grandes núcleos representativos de sua produção: nus, danças, retratos e a chamada série Erótica. A exposição assume como mote a sensualidade latente que atravessa suas obras da fase brasileira (1929-1955), ressaltando, porém, a presença do erotismo não apenas nos nus ou na série de desenhos sexualmente mais explícitos, mas também, e especialmente, nas representações de danças brasileiras, como o jongo, e retratos femininos de caboclas, índias, e negras. Pedro Correia de Araújo: erótica tem curadoria de Fernando Oliva, curador do MASP.
Como se evidencia nas obras selecionadas para a mostra, em Correia de Araújo, apesar de sua formação acadêmica, fortemente influenciada pela Escola de Paris, o erotismo não se oculta sob a categoria do “estético” ou “artístico”. Ele é convidado a ocupar o espaço entre uma matriz geométrica, que estrutura a representação, e a camada mais aparente da tela, sua superfície. Isso se observa em trabalhos como Pureza (1938), em que o corpo da mulher se constrói em volumes circulares, quadrados, triangulares ou hexagonais, deixados intencionalmente “à mostra” pelo artista.

Suas figuras se oferecem ao olhar do espectador. Porém não de maneira fácil ou displicente, pois são carregadas de um desejo calculado, revelando seres às vezes frios e distantes, não sem certa melancolia. Apesar de ter pintado muitos nus e prostitutas, o artista nunca foi seduzido pela possibilidade do voyeurismo banal. Suas mulheres são representações de força e segurança, assumindo muitas vezes dimensões monumentais, como é o caso de Zélia (1948).

Segundo o curador da mostra, Fernando Oliva, “o erotismo de Pedro Correia de Araújo é racional, ‘matemático’. Não se resume a uma mera tentativa de expressão pessoal, algo que o artista desprezava, mas integra um plano, um programa, consciente das leis da geometria, mas sem se submeter totalmente a elas – o que talvez tenha sido o motivo para que não fosse aceito pelos acadêmicos mais ortodoxos no Brasil. Em seus textos e entrevistas, ele costumava reproduzir o conhecido lema de Georges Braque: Amo a regra: ela refreia a emoção”.  

Parte essencial deste projeto é o lançamento de um extenso catálogo, com reproduções de todas as obras em exibição, documentos raros e fotografias de época, além de ensaios inéditos do curador e de críticos especialmente convidados a produzir novas reflexões sobre um artista até então marginalizado pela história da arte oficial. Esse livro, com organização editorial de Adriano Pedrosa e Fernando Oliva, traz textos de Stella Teixeira de Barros, Jacques Leenhardt, Fábio D’Almeida e Fernando Oliva.

O projeto de pesquisa conduzido pelo MASP é um passo inicial na fundamental revisão da obra de Correia de Araújo, a fim de que outras instituições, curadores e pesquisadores possam dar continuidade ao necessário resgate de sua produção, tanto pictórica quanto ensaística.

A expografia é da METRO Arquitetos Associados.


SERVIÇO
PEDRO CORREIA DE ARAÚJO: ERÓTICA
Abertura: 24 de agosto, 20h
Data: 25 de agosto a 18 de novembro de 2017
Local: 2º subsolo
Endereço: Avenida Paulista, 1578, São Paulo, SP
Telefone: (11) 3149-5959
Horários: terça a domingo: das 10h às 18h (bilheteria aberta até as 17h30); quinta-feira: das 10h às 20h (bilheteria até 19h30)
Ingressos: R$30,00 (entrada); R$15,00 (meia-entrada)
O MASP tem entrada gratuita às terças-feiras, durante o dia todo.
AMIGO MASP tem acesso ilimitado e sem filas todos os dias em que o museu está aberto.
O ingresso dá direito a visitar todas as exposições em cartaz no dia da visita.
Estudantes, professores e maiores de 60 anos pagam R$15,00 (meia-entrada).
Menores de 10 anos de idade não pagam ingresso.
O MASP aceita todos os cartões de crédito.

Estacionamento: Convênios para visitante MASP, período de até 3h. É preciso carimbar o ticket do estacionamento na bilheteria ou recepção do museu.
CAR PARK (Alameda Casa Branca, 41)
Segunda a sexta-feira, 6h-23h: R$ 14,00
Sábado, domingo e feriado, 8h-20h: R$ 13,00
PROGRESS PARK (Avenida Paulista, 1636)
Segunda a sexta-feira, 7h-23h: R$ 20,00
Sábado, domingo e feriado, 7h-18h: R$ 20,00

Acessível a deficientes físicos, ar condicionado, classificação livre.

Contato de imprensa:
telefones: 3149-5898 / 3149-5899 


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